O ministro da Defesa britânico, Philip Hammond, anunciou nesta quinta-feira (5) que o país aprovou um corte de mais 20 mil postos no Exército do Reino Unido a ser feito em etapas até 2020.

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O programa, já previsto desde setembro do ano passado, vai acabar com 17 unidades e reduzir o total de militares para um terço do número do período da Guerra Fria. Atualmente, o Exército britânico conta com 82 mil soldados regulares, a metade dos 163 mil de 1978, que ainda contava com 30 mil reservistas.

"Por causa do excesso de gastos do governo anterior, não temos outra saída a não ser tomar duras decisões para colocar em prática nossa visão de Forças Armadas poderosas, flexíveis e adaptáveis", disse Hammond, em discurso ao Parlamento nesta quinta-feira, que arrancou críticas de opositores como o trabalhista Jim Murphy, que disse que a decisão colocará o Reino Unido em perigo.

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A redução de pessoal coincide com a retirada das tropas britânicas do Afeganistão, marcada para ser concluída em 2014. Cinco batalhões desapareceram completamente com a nova organização: o 5° Batalhão do Regimento Real da Escócia, o 3° Batalhão de Fuzileiros Reais, o 2° Batalhão do regimento de Yorkshire, o 3° Batalhão do regimento de Mercian e o 2° Batalhão Real de Gales.

"Tem sido um processo doloroso e compreendo o apego de algumas regiões a unidades específicas e o orgulho que sentem por elas. Compreendo que isso vai ser um problema para muitas pessoas", admitiu o ministro. "Mas temos que deixar absolutamente claro que isso se trata de criar o Exército do futuro, reconhecendo e honrando o passado honrado das forças", acrescentou.

Com a nova organização, o Exército do Reino Unido ficará divido em três: forças de reação, preparadas para intervenções em todo o mundo; forças adaptáveis, que precisam de 18 meses para se preparar para entrar em combate, e forças de tropa, que incluirão todas as unidades necessárias para apoiar forças de fronte de batalha.