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Avião militar decola da base aérea britânica no Chipre | YIANNIS KOURTOGLOU/REUTERS
Avião militar decola da base aérea britânica no Chipre| Foto: YIANNIS KOURTOGLOU/REUTERS

Bombardeiros britânicos fizeram os primeiros ataques ao Estado Islâmico na Síria nesta quinta-feira (3), tendo como alvo campos de petróleo que o primeiro-ministro, David Cameron, diz serem utilizados para financiar ataques contra o Ocidente.

De acordo com uma testemunha, bombardeiros Tornado decolaram da base aérea da Força Aérea Real em Akrotiri, no Chipre, poucas horas depois que os parlamentares britânicos votaram por 397 a 223 pelo apoio ao plano de Cameron de ataques aéreos. As aeronaves retornaram à base com segurança várias horas mais tarde.

Invasão na Síria não será “estilo Iraque”, diz Obama

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta quinta-feira (3) que embora os EUA estejam enviando mais tropas para combater o Estado Islâmico no Iraque, o país não está seguindo o modelo da invasão de 2003 ao país.

“Não vamos fazer uma invasão ao estilo do Iraque no Iraque ou Síria com batalhões que estão se movendo pelo deserto”, disse Obama durante entrevista ao canal de televisão CBS.

“Mas o que deixei claro sobre isso é que vamos sistematicamente esmagar e finalmente destruir o Estado Islâmico, e isto requer que tenhamos um componente militar”, acrescentou.

Os quatro aviões usaram bombas guiadas a laser para atacar seis alvos nos campos de petróleo de Omar, no leste da Síria, controlado pelo grupo militante islamista que as autoridades britânicas chamam de Daesh, usando um acrônimo em árabe que o grupo rejeita.

“Isso é um real golpe ao petróleo e as receitas de que os terroristas do Daesh dependem”, disse à BBC o secretário de Defesa britânico, Michael Fallon.

“Há muitos mais desses alvos por todo o leste e norte da Síria, que esperamos atacar nos próximos dias e semanas”, disse Fallon, acrescentando que a Grã-Bretanha estava enviando mais oito aviões de guerra a Chipre para integrarem as missões. Não houve informações imediatas sobre vítimas.

Coalizão

A contribuição britânica ainda constitui apenas uma pequena parte da operação liderada pelos Estados Unidos para bombardear alvos do Estado Islâmico no Iraque e na Síria, iniciada há mais de um ano, com centenas de aeronaves. Anteriormente, o pequeno contingente britânico havia participado de ataques no Iraque, mas não na Síria.

Embora o voto britânico represente um pequeno acréscimo à capacidade militar adicional da coalizão, teve significado político e diplomático descomunal desde os ataques do mês passado em Paris, já que outras potências militares da Europa titubeiam em se juntar à França na expansão de sua ação militar.

Depois de 15 anos em que centenas de soldados britânicos morreram servindo em campos de batalha no Iraque e no Afeganistão, onde o país era o principal aliado dos EUA, muitos na Grã-Bretanha temem mais guerra no Oriente Médio.

A Rússia também está bombardeando a Síria, à parte da coalizão liderada pelos Estados Unidos. O governo russo apoia o presidente sírio, Bashar al-Assad, enquanto os Estados Unidos e seus aliados se opõem a ele.

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