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O ex-premiê e atual Secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, David Cameron, criticou a iniciativa de Maduro de anexar 70% da Guiana
O ex-premiê e atual Secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, David Cameron, criticou a iniciativa de Maduro de anexar 70% da Guiana| Foto: EFE/JuanJo Martin

O atual Secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, David Cameron, se manifestou nesta quinta-feira (7) contra as investidas do ditador Nicolás Maduro de anexar 70% do território da Guiana.

Segundo o ex-primeiro-ministro britânico, “não há absolutamente nenhum argumento para uma ação unilateral por parte da Venezuela, uma vez que as fronteiras foram estabelecidas em 1899. É um erro”, afirmou Cameron durante uma declaração conjunta com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, em Washington.

O membro do governo britânico anunciou que fará alguns telefonemas ainda nesta sexta-feira (8) para o presidente da Guiana e outras autoridades na região para "tratar de assegurar que este passo tão retrógrado que se deu não vá mais além”, em referência à iniciativa do ditador Maduro.

A vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, respondeu às declarações de Cameron na rede social X (antigo Twitter), alfinetando o ex-premiê, ao afirmar que “a única coisa retrógrada é a penúria política, econômica e social a que mergulharam o Reino Unido, especialmente desde o Brexit, do qual David Cameron é diretamente responsável”.

Desde que Maduro anunciou um "plano de ação" para a anexação de Essequibo, nesta semana, o presidente guianense afirmou que a Força de Defesa está “em alerta máximo” e em contato com seus aliados militares em outros países, incluindo o Comando Sul dos Estados Unidos. Nesta quinta (7), o governo americano realizou a primeira operação conjunta com o Exército guianense na região.

A sentença arbitral de Paris em 1899 concedeu a soberania sobre Essequibo ao Império Britânico, que ainda colonizava a Guiana. A Venezuela contestou a decisão e, em 1966, ano em que a Guiana se tornou independente, foi assinado o Acordo de Genebra, que reconheceu a reclamação venezuelana e estabeleceu um prazo de quatro anos para resolver a questão, o que não ocorreu.

Desde então, a disputa vem se arrastando por décadas e se intensificou após a descoberta de grandes reservas de petróleo na área disputada, em 2015.

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