O primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou nesta terça-feira (24) que o Reino Unido enviará militares à Ucrânia em março para ajudar a treinar o Exército local, que desde abril enfrenta o conflito contra separatistas pró-Rússia.
A medida foi anunciada em meio ao impasse entre as forças governamentais e os rebeldes sobre a retirada de armas do leste do país, uma das medidas que estão no acordo de cessar-fogo que entrou em vigor no último dia 15.
Em discurso no Parlamento, Cameron afirmou que os militares britânicos oferecerão treinamento em logística, atendimento médico, inteligência tática e infantaria. As tropas, porém, não se envolverão em combates.
“Apocalíptico”
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que não acredita ser possível uma guerra com a Ucrânia, cenário que classificou de “apocalíptico”, em entrevista divulgada ontem pela emissora estatal russa Rossiya 24.
Para o chefe de governo, o treinamento é uma das formas de tentar amortecer a influência da Rússia sobre os separatistas. “Se nós não fizermos frente à Rússia, em longo prazo eles vão nos prejudicar ainda mais, porque teremos mais desestabilização. O próximo alvo vai ser a Moldova ou um dos países bálticos”.
Desde o início do conflito na Ucrânia, o Reino Unido e os Estados Unidos forneceram equipamentos não letais às autoridades de Kiev, como forma de auxiliar nos combates contra os separatistas das regiões de Donetsk e Lugansk.
Enquanto isso, a Otan reforçou sua presença em países-membros vizinhos à Rússia, como Polônia, Letônia, Estônia e Lituânia. Em janeiro, a aliança ocidental anunciou o envio de 5 mil soldados às regiões de fronteira com o território russo.
Nesta terça-feira, o secretário de Estado americano, John Kerry, disse que o governo russo mente repetidamente sobre sua ação no leste da Ucrânia. “A Rússia está comprometida no que pode ser o mais aberto e extenso exercício de propaganda que eu vi desde a Guerra Fria”, disse.
O líder russo, Vladimir Putin, nega qualquer tipo de envio de armas aos rebeldes, apesar de existirem provas da presença de tropas russas na Ucrânia. Segundo a ONU, o conflito deixou 5,8 mil mortos em dez meses.
Impasse para a aplicação do cessar-fogo continua
- São Paulo
O impasse para a aplicação do cessar-fogo por completo continuou nesta terça-feira (24).
Os separatistas pró-Rússia disseram ter começado a retirar armas pesadas da linha de frente de combate, em cumprimento ao acordo assinado em Minsk no dia 12.
O vice-chefe militar rebelde, Edouard Basurin, acusou o governo de provocar os rebeldes para que a trégua não seja respeitada. Por outro lado, as autoridades ucranianas afirmam que os separatistas pretendem reagrupar forças para atuar em outra frente.
Na versão do porta-voz militar, Andrei Lysenko, os combatentes usariam as armas contra as tropas do governo na cidade portuária de Mariupol. Ele afirma que houve 12 ataques dos separatistas às tropas governamentais.
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