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Diante da advertência da Coreia do Norte, que declarou ser incapaz de garantir a segurança das embaixadas na capital em caso de conflito, países como Reino Unido, Brasil, França, Suécia e Polônia disseram não ter planos imediatos de retirar seu pessoal de Pyongyang. Com a escalada de tensões com a Coreia do Sul e os Estados Unidos, o governo norte-coreano colocou nesta sexta-feira (5) dois de seus mísseis de médio alcance em lançadores móveis e os escondeu na costa leste do país, segundo informações da agência sul-coreana de notícias, Yonhap.

A chancelaria do Reino Unido afirmou que o passo é "parte da retórica continuada do governo norte-coreano de provar que os EUA são uma ameaça".

"Eles deram mais esse passo como parte dessa mesma retórica. Mas não temos planos imediatos para evacuar nossa embaixada", afirmou em comunicado o Ministério das Relações Exteriores, que ainda acusou o governo de elevar as tensões através de uma série de declarações públicas e provocações.

Assim como o Reino Unido, um porta-voz da Polônia classificou as últimas declarações como "um elemento inapropriado de pressão". "Nós, obviamente, achamos não vemos riscos na Coreia do Norte. E a embaixada polonesa não viu necessidade de mudar sua equipe".

A França também não levou a sério as provocações. O Ministério das Relações Exteriores também negou que Paris tenha a intenção de evacuar seus funcionários da embaixada em Pyongyang. O mesmo argumento foi utilizado por um funcionário do Ministério das Relações Exteriores da Suécia.

O Brasil também pretende manter, por enquanto, sua embaixada em funcionamento. No local, estão o embaixador Roberto Colin e um funcionário. O Ministério das Relações Exteriores confirmou ter recebido o aviso do governo norte-coreano de que todas as representações estrangeiras terão apoio se quiserem retirar seus funcionários do país.

"Estamos em permanente contato com nosso embaixador Roberto Colin e avaliaremos quais são as condições exatas antes de tomarmos uma decisão sobre a permanência dele ou alguma outra alternativa. E (estamos) em contato também com outras embaixadas em Pyongyang", afirmou o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota.

Até os Estados Unidos, que não mantêm relações diplomáticas com a Coreia do Norte e é servido pela Suécia em Pyongyang, ecoou os comentários ingleses e os poloneses. "Esta é apenas uma série crescente de declarações retóricas, e a pergunta é: para quê? - questionou a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland.

Perguntada se os Estados Unidos tinham recebido quaisquer instruções dos suecos sobre o pequeno número de trabalhadores ou turistas que poderiam estar na Coreia do Norte, a porta-voz disse que não havia indicação de que a Suécia iria acatar a advertência de Pyongyang.

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