Um ano após deixar formalmente a União Europeia (UE), no processo que ficou conhecido como Brexit, o Reino Unido decidiu solicitar entrada no Acordo Abrangente e Progressivo para Parceria Transpacífico (CPTPP, na sigla em inglês). De acordo com comunicado enviado à imprensa pelo governo britânico, o intuito é posicionar o país "no centro das economias emergentes do Pacífico e gerar empregos".
O CPTPP é um acordo de livre comércio que atualmente reúne Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Cingapura, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru e Vietnã. É o antigo Tratado de Associação Transpacífico (TPP, na sigla em inglês), costurado pelo ex-presidente americano Barack Obama como um contrapeso à China, mas abandonado na gestão Donald Trump. Especula-se que o presidente Joe Biden possa negociar o retorno dos Estados Unidos ao tratado, em linha com sua postura de defesa do multilateralismo.
Segundo o comunicado do governo britânico, a secretária de Comércio Internacional do Reino Unido, Liz Truss, entrará em contato com ministros do Japão e da Nova Zelândia já na manhã desta segunda-feira, 1º de fevereiro, para dar início às negociações formais. "A adesão à Parceria cortará tarifas para indústria no Reino Unido, ao mesmo tempo em que criará novas oportunidades para indústrias modernas. Ao contrário da adesão à UE, a Parceria não exige que o Reino Unido ceda o controle sobre nossas leis, fronteiras ou dinheiro", diz a nota, reiterando a crítica antiga ao bloco europeu que inspirou o Brexit.
Em nota, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, afirma que procura "novas parcerias" que tragam benefícios econômicos. "Candidatar-se para ser o primeiro novo país a aderir ao CPTPP demonstra nossa ambição de fazer negócios nas melhores condições com nossos amigos e parceiros em todo o mundo, e de ser um campeão entusiasta do comércio livre global", diz Johnson.
O pedido de entrada no CPTPP vem no momento em que o Reino Unido busca firmar acordos bilaterais depois do divórcio da União Europeia. As duas partes chegaram a firmar um tratado facilitando as trocas comerciais, anunciado no dia 24 de dezembro de 2020, após meses de negociações tensas.
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