O Reino Unido deve oferecer à Otan um grande esquema militar para "fortalecer as fronteiras da Europa diante da hostilidade da Rússia", antecipou o governo britânico neste sábado (29). A informação é de que o primeiro-ministro, Boris Johnson, apresentará "a maior oferta possível" para acrescentar caças, navios de guerra e especialistas militares do Exército britânico às operações da aliança.
"Ordenei que as nossas Forças Armadas se preparem para se deslocar para a Europa na próxima semana, para garantir que estamos prontos para apoiar os nossos aliados da Otan por terra, mar e ar", disse Johnson.
Os planos de Londres incluem a duplicação do número de tropas atualmente mantidas na região e o envio de mais armamento defensivo para a Ucrânia (que começou a ser mandado em 18 de janeiro). O Reino Unido tem hoje mais de 900 militares na Estônia, mais de cem na Ucrânia e 150 na Polônia. Os novos recursos agora fornecidos pelos militares britânicos deverão servir para "reforçar as defesas da Otan" e "sustentar o apoio aos parceiros nórdicos e bálticos", descreveu o governo.
Johnson argumentou que "a Ucrânia deve ser livre para decidir o seu futuro", mas avaliou que se o presidente russo, Vladimir Putin, "escolher um caminho de derramamento de sangue e destruição, será uma tragédia para a Europa". "Este pacote enviará uma mensagem clara ao Kremlin: não toleraremos as atividades desestabilizadoras e estaremos sempre ao lado dos nossos aliados da Otan para enfrentar a hostilidade da Rússia", acrescentou o premiê.
Representantes do governo britânico irão a Bruxelas nos próximos dias para finalizar, junto à Otan, os detalhes do possível destacamento de tropas, enquanto o governo britânico discutirá as opções militares sobre a mesa na segunda-feira (31). O primeiro-ministro britânico planeja conversar com Putin por telefone nos próximos dias e também fazer uma visita à região; os detalhes não foram anunciados.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura