O Reino Unido resistiu ontem à pressão para se juntar aos Estados Unidos em anunciados ataques aéreos contra o Estado Islâmico (EI), depois que o grupo militante decapitou o refém britânico David Haines. Falando depois de presidir uma reunião do comitê de resposta a emergências do governo em Londres, o primeiro-ministro David Cameron disse que seu governo luta em várias frentes, mas, por enquanto, não estava lançando ataques aéreos.
"Estamos prontos para tomar as medidas necessárias para lidar com esta ameaça e manter nosso país seguro", disse Cameron em um comunicado televisionado feito a partir de seu escritório. A Grã-Bretanha, no passado, foi muitas vezes a primeira a aderir à ação militar dos EUA no exterior, mas a opinião pública está cansada da guerra. O Parlamento rejeitou no ano passado ataques aéreos sobre a Síria.
O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, deve discutir a decapitação do britânico, que atuava em ajuda humanitária, com o secretário de Relações Exteriores britânico, Philip Hammond, em uma reunião hoje em Paris. "Tenho certeza de que vai ser um tópico de discussão", disse um alto funcionário do Departamento de Estado dos EUA em Paris, em condição de anonimato, referindo-se ao assassinato.
A filmagem do assassinato de David Haines por militantes do Estado Islâmico que lutam no Iraque e na Síria significa que Cameron está sob pressão para adotar uma postura muito mais dura com o EI. Ele disse que não descarta nenhuma opção para combater o EI, com a exceção de combates no solo, mas está recebendo pedidos cada vez maiores para se unir aos EUA no lançamento de ataques aéreos.
Violência Militantes do Estado Islâmico executam oito sunitas no Iraque
Militantes do Estado Islâmico executaram publicamente oito homens sunitas em uma pequena aldeia do norte do Iraque no fim de semana por supostamente conspirar contra o grupo. A matança começou na sexta-feira à noite, quando um par de mascarados armados do Estado islâmico assassinaram abertamente um policial na aldeia de al-Jumasah depois que o grupo o acusou de espionar para as forças militares curdas e iraquianas.
Depois que o policial foi executado, um pequeno grupo armado abriu fogo em vingança contra a casa de um funcionário do Estado Islâmico. No sábado de manhã, dez carros do Estado Islâmico dirigiram ao redor de al-Jumasah com dois informantes mascarados, que ajudaram os combatentes a identificar dez pessoas que eles suspeitavam de terem atacado a casa de seu partidário na noite anterior. Naquela noite, três pessoas foram liberadas e outras sete foram executadas.