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Crise na fronteira

Reino Unido afirma que Kremlin pretende instalar líder pró-Rússia em Kiev

Ativistas pró-democracia ucranianos se reuniram em frente à embaixada britânica em Kiev em 21 de janeiro para agradecer pelo apoio diplomático do Reino Unido e pelo envio de ajuda militar. (Foto: Sergey Dolzhenko/EFE/EPA)

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Em meio à sequência de intensos contatos entre a Rússia e os Estados Unidos por causa das tensões sobre o envio de tropas russas na fronteira com a Ucrânia, o Reino Unido afirmou no sábado ter informações indicando que o Kremlin está tentando instalar um líder pró-Rússia em Kiev, pois considera invadir e ocupar a Ucrânia, disse um comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores britânico. O ex-deputado ucraniano Yevhen Murayev é considerado um possível candidato, segundo a pasta, que diz ter informações de que os serviços de inteligência russos têm ligações com muitos ex-políticos ucranianos.

Esses políticos, de acordo com o Reino Unido, incluem Serhiy Arbuzov, primeiro vice-primeiro-ministro da Ucrânia de 2012 a 2014 e primeiro-ministro interino em 2014; Andriy Klyuev, primeiro vice-primeiro-ministro de 2010 a 2012; Vladimir Sivkovich, ex-vice-chefe do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia (NSDC, na sigla em inglês); e Mykola Azarov, primeiro-ministro da Ucrânia de 2010 a 2014. Alguns deles têm contatos com funcionários dos serviços secretos russos que estão atualmente envolvidos no planejamento de um ataque contra a Ucrânia, afirma a nota do Ministério das Relações Exteriores britânico.

“As informações divulgadas hoje lançam luz sobre a extensão da atividade russa projetada para subverter a Ucrânia, e é uma visão do pensamento do Kremlin”, disse a ministra das Relações Exteriores do Reino Unido, Liz Truss, no comunicado. “A Rússia deve diminuir as tensões, encerrar suas campanhas de agressão e desinformação e seguir o caminho da diplomacia. Como o Reino Unido e nossos parceiros disseram repetidamente, qualquer incursão militar russa na Ucrânia seria um grande erro estratégico com custos severos”, completou. O governo britânico reitera que apoia “inequivocamente” a soberania e a integridade territorial da Ucrânia, dentro de suas fronteiras internacionalmente reconhecidas, incluindo a Crimeia.

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