O primeiro ministro britânico, David Cameron, anunciou hoje (5) que o Reino Unido tem provas do uso do gás sarin em ataques na Síria no mês de agosto.
Segundo Cameron, cientistas de Porton Down, centro de laboratório britânico, identificaram o componente químico em roupas de vítimas e também em amostras do solo dos arredores de Damasco, onde houve um ataque no dia 21 de agosto.
O anúncio foi feito pelo premiê na Rússia, onde participa do encontro do G20, e ganhou repercussão na mídia e no meio político do Reino Unido.
É a primeira vez que Cameron anuncia, oficialmente, que o governo britânico tem evidências técnicas do uso de armas químicas na Síria pelo regime de Bashar al-Assad. Até agora, ele apresentava apenas suspeitas levantadas pelo departamento de inteligência do governo.
"Nós estávamos confiantes e continuamos confiantes que Assad foi o responsável não só por este ataque químico, quando vimos na televisão crianças sendo atingidas pelo gás, mas também sabemos que houve ao menos mais 14 ataques com armas químicas", disse.
O premiê foi derrotado na semana passada quando tentou votar no parlamento britânico uma moção que abria caminho para uma ação militar na Síria. Ele tem dito que não pretende propor uma segunda votação, mas vem sofrendo pressão do seu partido, o Partido Conservador, para negociar com a oposição trabalhista uma saída para que os britânicos possam agir junto com os Estados Unidos e a França na Síria.
Além do governo do Reino Unido, os americanos e os franceses também divulgaram recentemente relatórios em que acusam o regime de Bashar al-Assad de usar armas químicas para matar civis.
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