Documentos oficiais vazados há algumas semanas tensionaram as negociações para a saída do Reino Unido da União Europeia. O jornal "Guardian" publicou os planos do governo britânico, indicando que haverá amplas restrições à migração de trabalhadores europeus, em especial à dos pouco qualificados.
É a primeira indicação da estratégia da primeira-ministra conservadora, Theresa May, para lidar com o tema. O "brexit" deve entrar em vigor em março de 2019, depois de dois anos de negociações.
Há 3 milhões de cidadãos europeus no Reino Unido, e vigora por ora a livre movimentação em seu território.
Mas as 82 páginas divulgadas pelo "Guardian" indicam que o cenário será transformado. As propostas incluem oferecer residência reduzida, de apenas dois anos, a migrantes europeus de baixa qualificação. Aqueles com mais atributos profissionais poderão ficar de três a cinco anos.
Pode haver cotas de migrantes, e alguns setores podem ser blindados para favorecer cidadãos britânicos.
O Reino Unido também planeja implantar um sistema migratório mais restritivo a europeus. Não será mais possível entrar no Reino Unido só com uma carteira de identidade europeia. O passaporte passará a ser obrigatório.
Essas medidas afetam centenas de milhares de brasileiros com alguma cidadania europeia --por exemplo, cerca de 400 mil brasileiros têm passaporte italiano.
Os itens propostos no documento, ainda não apresentado oficialmente, serão discutidos pelos ministros de May. Sua entrada em vigor depende das negociações com a União Europeia --e deve enfrentar dura oposição.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink
Deixe sua opinião