Nova Iorque Até mesmo pelas afirmações duras que precisou engolir o reitor da Universidade Columbia acusou-o em discurso de recepção de se comportar como "um ditador insignificante e cruel o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, tornou-se ontem o grande personagem de Nova Iorque, onde se encontra para discursar hoje durante a abertura da 62.ª Assembléia- Geral das Nações Unidas.
Os Estados Unidos não têm relações diplomáticas com o regime iraniano. Mas não podem impedir que seu chefe de Estado compareça ao encontro da ONU, que é legalmente um território internacional.
Ahmadinejad aceitou o convite para participar de um debate na Universidade Columbia, principal centro nova-iorquino de ensino e pesquisa. O reitor Lee Bollinger foi aplaudido ao se referir a uma das marcas registradas da biografia política do iraniano a negação do massacre pelos nazistas de 6 milhões de judeus.
"Negar o Holocausto faz o sr. parecer um tolo, analfabeto e ignorante. Ao vir num local como este, o sr. se torna até mesmo ridículo. O Holocausto é o mais bem documentado acontecimento da história, disse o reitor.
Ahmadinejad, embora de início sorridente, respondeu que "insultos e afirmações eram infelizmente incorretos. "No Irã respeitamos nossos estudantes e professores deixando que façam seu próprio julgamento, respondeu.
Milhares de pessoas protestaram contra sua presença, mas a universidade resistiu a pressões para cancelar o convite.
Comentando a presença do iraniano em Columbia, o presidente George W. Bush disse que valeria como "experiência educacional. E completou: "A meu ver, tudo bem.
Durante o debate, suas respostas foram enviesadas ou incompletas. Disse que seu país não quer produzir a bomba atômica e que "a Agência Internacional de Energia Atômica verificou que nossas atividades têm finalidades pacíficas. A AIEA ainda espera de Teerã provas de que seu programa nuclear não tem fins militares.
Indagado sobre a perseguição dos homossexuais em seu país, afirmou que no Irã não havia homossexuais. Sobre a destruição de Israel, que ele afirmou desejar que fosse "varrido do mapa, desconversou e disse que "nós gostamos de todos os países. Gostamos do povo judeu. Há muitos judeus morando no Irã, em paz e segurança.
Também mudou de assunto quando indagado se apoiava o terrorismo. Horas antes, a secretária de Estado, Condoleezza Rice, comentou a resposta negativa que Ahmadinejad recebeu ao pedir para visitar o local em que desmoronaram no 11 de Setembro as torres do World Trade Center.
"Teria sido uma farsa. Ele é o presidente de um país que é o grande patrocinador estatal do terrorismo, disse ela.
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