A reitora da Universidade de Columbia (localizada em Nova York, EUA), Nemat Minouche Shafik, anunciou sua renúncia ao cargo na noite desta quarta-feira (14).
A decisão de Shafik ocorre em meio a um ambiente de crescente tensão e controvérsia envolvendo a instituição, que foi marcada por intensos e violentos protestos contra Israel ocorridos entre abril e junho deste ano, que culminaram em prisões e cenas de alunos defendendo as ações do grupo terrorista Hamas.
Apesar do contexto, em um comunicado enviado à comunidade acadêmica, Shafik afirmou que sua decisão de renunciar ao cargo foi motivada por uma “reflexão pessoal” sobre como sua saída poderia “ajudar a universidade” a enfrentar os desafios futuros, citou o portal americano National Review.
“Ao longo do verão, eu pude refletir e decidi que minha saída neste momento seria a melhor para que Columbia possa superar os desafios que virão”, escreveu ela.
Sob a liderança de Shafik, a Universidade de Columbia acabou se tornando em abril o epicentro das manifestações estudantis contra Israel, que logo depois se espalharam por diversas instituições de ensino dos EUA.
Nos atos, os estudantes exigiam que as instituições americanas se desligassem de projetos vinculados a Israel. Como reitora da Columbia, Shafik nunca chegou a aceitar a exigência dos estudantes, no entanto, foi criticada por não ter conseguido controlar de forma eficaz os protestos violentos realizados por eles dentro da instituição.
No começo das manifestações, a reitora ainda chegou a solicitar a entrada da polícia para retirar os diversos estudantes que estavam ocupando de maneira ilegal o pátio da universidade. Cerca de 100 alunos foram presos no ato, pois se recusaram a deixar pacificamente o local. Após isso, Shafik, que nasceu no Egito, foi alvo de críticas de movimentos estudantis e desde então parou de solicitar ajuda policial.
Conforme noticiou o National Review, Katrina Armstrong, CEO do Centro Médico Irving da Universidade de Columbia, foi nomeada reitora interina até a escolha de um nome definitivo para o cargo, que deve ocorrer nas próximas semanas.
Trump, Milei, Bolsonaro e outros líderes da direita se unem, mas têm perfis distintos
Justiça suspende resolução pró-aborto e intima Conanda a prestar informações em 10 dias
Moraes viola a lei ao mandar Daniel Silveira de volta à cadeia, denunciam advogados
Grupos pró-liberdade de expressão se organizam contra onda de censura