Paris O Tribunal Europeu de Direitos Humanos (TEDH) de Estrasburgo indeferiu ontem a ação apresentada por Mohamed Al Fayed contra a França por supostas irregularidades na investigação do acidente que matou seu filho e a princesa Diana num túnel de Paris, em agosto de 1997.
O milionário de origem egípcia recorreu ao Tribunal de Estrasburgo depois que a Justiça francesa encerrou o caso com a conclusão de que as únicas causas do acidente foram o excesso de velocidade e o estado de embriaguez do motorista Henri Paul, que também morreu na tragédia.
Al Fayed, que defende que seu filho foi vítima de um plano para matá-lo, também denunciou as falhas na investigação aberta na França sobre a possível responsabilidade dos nove fotógrafos e do motorista de um carro que seguiram o casal no dia acidente. Os juízes do TEDH reconhecem que o multimilionário pode discordar dos magistrados que instruíram o caso quanto às pistas escolhidas. Mas isso "não é suficiente para comprovar a existência de lacunas na investigação ou de defeitos que tenham dificultado o estabelecimento das circunstâncias da morte do filho do reclamante", diz a decisão. O texto diz ainda que Al Fayed pôde exercer seus direitos ao longo de todo o processo e que as autoridades "levaram a cabo uma investigação efetiva com o objetivo de estabelecer as circunstâncias e a causa da morte" de Dodi.
O Tribunal de Estrarburgo lembra ainda que Al Fayed ainda pode "apresentar novas denúncias caso sejam descobertos novos elementos, direito do qual, além disso, faz uso".
Decisão do STF para livrar Palocci desfaz conquistas da Lava Jato e abre caminho para impunidade
Cid relata pressão para delatar e acusa Moraes de ter narrativa pronta; acompanhe o Entrelinhas
As fragilidades da denúncia contra Bolsonaro
Lula suspende Plano Safra por falta de recursos e atraso no Orçamento