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Os EUA estão "considerando seriamente" a possibilidade de se abster caso o Conselho de Segurança da ONU proponha uma resolução condenando a construção de assentamentos de Israel em Jerusalém Oriental, informou ontem a rede britânica BBC.

Segundo a BBC, citada pelo jornal israelense Haaretz, a informação foi divulgada por uma fonte diplomática que esteve presente em uma reunião entre oficiais americanos e o ministro de Relações Exte­­riores do Catar, Hamad Bin Jasim Al Thani.

Durante o encontro, os representantes americanos teriam dito que os EUA "consideram seriamente" a abstenção.

De acordo com o Haaretz, a Casa Branca não respondeu a uma solicitação por mais informações a respeito do polêmico assunto.

As relações entre Israel e EUA ficaram tensas no início deste mês, depois que o governo israelense anunciou a aprovação para construção de 1,6 mil novas casas em Jerusalém Oriental, durante a visita do vice-presidente americano, Joe Biden, ao Oriente Médio.

Os EUA classificaram o anúncio de "um insulto", mas ambas as partes disseram que o incidente não prejudicaria as relações entre os dois países.

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, tentou minimizar a crise, ao assegurar que os dois países seguem sendo "aliados e amigos".

"As relações entre Israel e EUA são aquelas entre aliados e amigos e refletem uma longa tradição. Mesmo quando há diferenças de opinião, são diferenças entre amigos e seguirão sendo", afirmou o chefe de governo ontem em Jerusalém, durante a reunião semanal do Conselho de Ministros.

Na semana passada, Neta­­nya­­hu se reuniu com o presidente americano, Barack Obama.

O encontro na Casa Branca ocorreu a portas fechadas e teve poucas informações divulgadas.

A origem do conflito

A expansão das colônias em Jerusalém Oriental mantém bloqueadas as negociações indiretas entre israelenses e palestinos, que Obama pretendia reativar com mediação americana.

Netanyahu tem criticado os palestinos.

"Constatamos, mais uma vez, que os palestinos endureceram suas posições e não mostram o menor sinal de moderação", afirmou, ontem, o premiê. Netanyahu também advertiu para uma resposta "firme e decidida" à morte de dois soldados israelenses na sexta-feira (26) na faixa de Gaza, em um tiroteio com membros do Hamas.

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