O governo do Irã afirmou hoje que os relatos de que alguns funcionários iranianos e seus aviões de passageiros estão tendo os pedidos de reabastecimento negados em aeroportos no Reino Unido, na Alemanha e nos Emirados Árabes são "falsos". "O reabastecimento de nossos aviões está prosseguindo", afirmou um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do país.
"Essa informação é falsa", afirmou ele, quando questionado sobre relatos de que aeroportos nesses três países estariam se recusando a reabastecer aviões de passageiros do Irã, como parte das sanções unilaterais impostas pelos Estados Unidos.
Mehdi Aliyari, secretário da União das Companhias Iranianas, foi citado ontem pela agência ISNA afirmando que aviões iranianos tiveram negados seus pedidos de reabastecimento nessas três nações. Segundo esse relato, Aliyari disse que as operações da estatal Iran Air e da empresa privada Mahan Air haviam sido afetadas. Vários parlamentares iranianos pediram que Teerã reagisse, recusando-se a abastecer aviões desses três países que pousam no Irã.
O porta-voz disse que esses relatos sobre combustível negado são "parte de uma guerra psicológica contra o Irã". Pouco após o relato da ISNA, funcionários no Reino Unido, nos Emirados Árabes e na Alemanha negaram as declarações de Aliyari.
Na quinta-feira passada, o presidente dos EUA, Barack Obama, firmou as mais duras sanções aplicadas por Washington contra Teerã, as quais, segundo Obama, terão a capacidade de atingir a capacidade do país de financiar seu programa nuclear e de ampliar seu isolamento. As medidas buscam dificultar o acesso do Irã a produtos refinados de petróleo importados, como gasolina e combustível para jatos, e limitar o acesso do país persa ao sistema bancário internacional.
Diálogo
O principal negociador nuclear do Irã, Saeed Jalili, afirmou hoje que Teerã poderia retomar as conversas sobre seu programa nuclear em 1º de setembro com as potências mundiais, caso algumas condições sejam atendidas. A agência estatal IRNA afirmou que Jalili, em uma carta à chefe de política externa da União Europeia, Catherine Ashton, disse que o governo iraniano precisa de algumas condições para que sejam retomadas as conversas. O texto da agência não cita quais seriam essas condições, mas o Irã tem criticado o que acredita ser a postura de confrontação das potências.
No início de junho, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou uma quarta rodada de sanções contra o Irã por seu programa nuclear. Potências lideradas pelos EUA temem que o país busque secretamente armas nucleares, mas Teerã alega ter apenas fins pacíficos.
O Brasil e a Turquia, membros temporários no Conselho de Segurança, votaram contra as sanções. Em 28 de junho, o presidente Mahmoud Ahmadinejad disse que essas duas nações devem estar presentes nas negociações internacionais sobre o programa nuclear iraniano, ao lado de EUA, França e Rússia. Nessa mesma ocasião, Ahmadinejad também congelou por dois meses as conversas sobre o tema, como uma forma de "disciplinar" o Ocidente. As informações são da Dow Jones.
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