O relator especial da ONU, James Anaya, qualificou nesta segunda-feira (27) como "grave, crítica e profundamente preocupante" a situação dos direitos humanos dos indígenas na Colômbia, em meio ao prolongado conflito armado do país.
Anaya destacou algumas iniciativas em matéria de saúde e educação em prol dos cerca de 87 povos indígenas colombianos, mas disse que é preciso consolidá-las e assegurá-las.
"O relator especial convoca o governo a tomar as medidas necessárias para que as iniciativas relacionadas com os povos indígenas sejam efetivas, adequadas e consultadas com os povos indígenas", afirmou ele em nota divulgada ao final de uma visita de cinco dias.
A Colômbia enfrenta a mais prolongada guerra civil das Américas, que já deixou milhões de desabrigados e milhares de mortos entre civis.
No começo de 2009, a guerrilha Farc, a principal do país, foi acusada de cometer um massacre contra 27 índios da etnia awá, no sul do país.
Anaya também se mostrou "extremadamente preocupado" pelo desconhecimento que as Farc e demais grupos ilegais demonstram sobre as regras dos direitos humanos e do direito internacional humanitário.
"Segundo a informação recebida, esses grupos são os principais responsáveis pelos assassinatos de indígenas e por outros crimes graves, que afetam desproporcionalmente os povos indígenas", disse.
Ele também pediu aos grupos armados que abandonem a prática de recrutamento forçado de crianças indígenas, assim com o uso de minas antipessoa.
Anaya citou também acusações de violações de direitos humanos dos indígenas por membros das forças de segurança, em casos que continuam impunes.
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