A Anistia Internacional organiza uma manifestação em frente à Embaixada do Irã em Madri, Espanha, no dia 06 de setembro de 2022, para expressar seu repúdio à morte da jovem Mahsa Amini, presa por não usar o véu corretamente, e pedir às autoridades iranianas que parem com a repressão aos protestos.| Foto: EFE / Rodrigo Jiménez
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O relator especial da ONU sobre a situação dos direitos humanos no Irã, Javaid Rehman, afirmou nesta segunda-feira (20) que a jovem Mahsa Amini morreu em consequência das pancadas desferidas por agentes da chamada "polícia da moral" por não cumprir o rígido código de vestimenta iraniano.

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Rehman argumentou que esse assassinato e a subsequente repressão aos protestos derivados dele poderiam ser considerados crimes contra a humanidade.

"A morte de Amini não foi um acontecimento isolado, mas o último de uma série de atos de extrema violência contra mulheres e meninas", disse o relator na apresentação de um relatório no Conselho de Direitos Humanos da ONU, que está reunido em Genebra.

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Nesse sentido, Rehman garantiu que as violações dos direitos humanos no Irã aumentaram em 2022, principalmente após o assassinato da jovem.

Segundo as Nações Unidas, cerca de 500 pessoas foram condenadas à morte naquele ano, incluindo dois menores e 13 mulheres.

Até agora, em 2023, o Irã já executou 143 indivíduos.

O relator da ONU também expressou preocupação com os envenenamentos em massa registrados em escolas para meninas, bem como com a perseguição e discriminação contra minorias étnicas e religiosas no país, particularmente as comunidades curda, baloch e bahá'í.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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