O governo da Argentina apresentou na noite desta terça-feira (24), em Buenos Aires, um relatório de mais de 20 mil páginas por meio do qual acusa os donos dos principais jornais do país de envolvimento em crimes de lesa-humanidade cometidos durante a última ditadura militar vigente no país sul-americano (1976-1983).
O informe foi divulgado em ato encabeçado pela presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, e transmitido em rede nacional. De acordo com o documento, intitulado "Papel Prensa, A Verdade", o governo denúncia os proprietários dos jornais La Nación, Clarín e do extinto La Razón de terem se apropriado ilegalmente e mediante ameaças do maior fornecedor de papel jornal do país na época da ditadura.
O governo argentino acusa os donos dos jornais em questão de cumplicidade com a cúpula militar na apropriação ilegal da fornecedora Papel Prensa, em novembro de 1976. Acionista da Papel Prensa, o La Razón fechou as portas há dez anos.
Mais cedo, os jornais La Nación e Clarín denunciaram um suposto plano do governo para apropriar-se da Papel Prensa e assim controlar "um insumo essencial" à liberdade de expressão.
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