Os imigrantes "são essenciais para a recuperação econômica" do Reino Unido, o que demanda "políticas de imigração mais flexíveis", é o que revela um relatório divulgado nesta terça-feira (9) pelo Instituto para Pesquisa de Políticas Públicas (IPPR).
Segundo o IPPR, será necessário um novo fluxo de imigrantes para superar a recessão econômica, por isso serão necessárias "políticas de imigração mais flexíveis" para favorecer esse novo fluxo, especialmente capacitados na área da construção.
O relatório é publicado um dia após o secretário de Estado de Imigração britânico, Phil Woolas, afirmar que é "fácil demais" para um imigrante clandestino permanecer no Reino Unido.
Lisa Harker, co-diretora do IPPR, declara no estudo que, neste momento, é "mais importante do que nunca" que o governo não utilize a recessão "como uma desculpa para restringir o número de trabalhadores estrangeiros" que chegam ao país.
"Nossa pesquisa demonstra que os imigrantes são essenciais para os projetos de construção, que por sua vez ajudam a reativar as economias locais", acrescentou.
O relatório prevê que obras como a Vila Olímpica em Londres vão exigir 40 mil novos trabalhadores por ano no setor da construção civil até 2012.
Com a nova lei de imigração em vigor, os estrangeiros não-comunitários que residem legalmente no Reino Unido deverão se submeter a um período de cinco anos "de cidadania teste", antes de receber seus passaportes britânicos.
Além disso, o governo cortará os subsídios para aqueles imigrantes que tenham violado a lei e colocará travas burocráticas para os estrangeiros que não se esforcem para se inserir na sociedade britânica ou não aprendam o idioma inglês.
Após a publicação do relatório do IPPR, o diretor do grupo antiimigração Migrationwatch, Andrew Green, qualificou como um "absurdo" pedir novos fluxos de imigrantes para o Reino Unido "quando aumentam diariamente as filas dos desempregados". As informações são da Ansa.
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