Jeffrey Epstein e sua namorada, Ghislaine Maxwell, em foto de arquivo de 2020 durante a apresentação da promotoria dos EUA à imprensa onde foram feitas as acusações de envolvimento de Ghislaine nos casos de abuso.| Foto: EFE
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Um relatório do Departamento de Justiça dos Estados Unidos apontou na terça-feira (27) uma série de "negligências" no sistema penitenciário federal do país que acabaram por permitir que o pedófilo Jeffrey Epstein, conhecido por conexões com grandes empresários e políticos do establishment americano, se suicidasse na prisão em agosto 2019, enquanto esperava para ser julgado por tráfico sexual.

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Segundo o documento, houve vários fatores que facilitaram o suicídio, como falhas nas câmeras de vigilância, e o fato de que o departamento de prisões não determinou nenhum companheiro de cela para Epstein, mesmo ele tendo tentado o suicídio um mês antes de morrer.

Além disso, o magnata tinha à sua disposição uma "quantidade excessiva" de lençóis, os quais acabou usando para se enforcar, segundo o relatório.

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O documento foi elaborado pelo inspetor-geral do Departamento de Justiça, Michael Horowitz, que é o encarregado de supervisionar, de maneira independente, os casos relacionados com o órgão prisional americano.

Epstein foi acusado em 2006 de abusar sexualmente de menores de 14 anos e se declarou culpado em 2008 por solicitar e procurar uma menor de idade para a prostituição.

O magnata passou um tempo em uma prisão na Flórida e chegou a ser fichado como criminoso sexual.

Depois que o jornal Miami Herald publicou que existiam muitas outras menores e mulheres que tinham sido abusadas por Epstein, ele foi preso em julho de 2019, tendo que responder a várias acusações de tráfico sexual em nível federal.

Um mês depois de ser detido, em agosto de 2019, Epstein se suicidou em uma prisão localizada em Nova York.

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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]