O Observatório Venezuelano de Conflitos Sociais (OVCS) divulgou um relatório que apontou que o número de protestos na Venezuela aumentou 47% no primeiro trimestre de 2023 em relação ao mesmo período no ano passado, refletindo a deterioração das condições de vida no país governado pelo ditador Nicolás Maduro.
Segundo o informe, entre janeiro e março, a organização registrou 2.814 protestos, uma média de 31 por dia. No primeiro trimestre de 2022, haviam sido registradas 1.909 manifestações.
O OVCS pontuou que direitos trabalhistas foram a reivindicação mais comum nos protestos deste ano, ao serem tema de 2.165 manifestações.
“Um ano se passou desde o último reajuste salarial [num país que fechou 2022 com uma inflação de 234%]. Nestes últimos 12 meses, os trabalhadores venezuelanos foram submetidos à [mera] sobrevivência, diante de um governo que não atende às reivindicações dos manifestantes”, destacou o observatório no informe.
“Todos os dias, cidadãos manifestam seu desacordo com as precárias condições de vida decorrentes de uma economia dolarizada, em meio a cenários de corrupção e impunidade, onde as autoridades são indolentes diante das necessidades básicas”, acrescentou o OVCS.
Melhorias na educação foram o segundo tema mais recorrente, ao motivarem 1.714 protestos, seguido por manifestações de aposentados e pensionistas, com 368 registros. A soma dos três assuntos ultrapassa os 2.814 protestos porque em várias manifestações diferentes setores da sociedade venezuelana se uniram para protestar contra a ditadura chavista.
Outros motivos de protestos foram más condições de estradas, falhas na coleta de lixo, interrupções no serviço de telefonia e internet, desabastecimento de gasolina, corrupção, violações de direitos humanos, entre outros.
De acordo com o OVCS, 56 protestos foram reprimidos em 18 estados do país, com saldo de 14 manifestantes presos e um ferido.
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