A Comissão Europeia autorizou provisoriamente na manhã desta sexta-feira (3), o uso do antiviral remdesivir para o tratamento de pacientes com coronavírus na União Europeia (UE), após a aprovação da Agência Europeia de Medicamentos (EMA). O comissário executivo concedeu uma "autorização condicional de venda para o medicamento, tornando-o o primeiro remédio autorizado a nível da UE para o tratamento da Covid-19", de acordo com comunicado.
"Nós concedemos essa autorização menos de um mês após o envio do pedido", disse a comissária de saúde Stella Kyriakides, para quem isso demonstra "a determinação da UE em responder rapidamente" a novos tratamentos.
O grupo autorizou condicionalmente a comercialização do medicamento, cujos benefícios podem ser maiores que seus riscos, apesar de ainda não existirem dados completos.
Em sua recomendação, antes da autorização da Comissão com a aprovação dos 27 países europeus, a EMA propôs o uso da droga para adultos e adolescentes a partir de 12 anos que sofrem de pneumonia e precisam de oxigênio.
Na quinta-feira (2), a Organização Mundial da Saúde (OMS) havia alertado para a falta de pesquisas e estudos que comprovassem a eficácia do remdesivir contra a Covid-19.
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou no fim de junho o estudo com o medicamento em 105 pacientes hospitalizados com pneumonia grave causada pelo novo coronavírus. A autorização foi solicitada pela empresa PPD Pesquisa Clínica.
Remdesivir nos EUA
O uso do remdesivir já foi autorizado em casos de emergência nos Estados Unidos e no Japão. Na segunda-feira, 29, o Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS, na sigla em inglês) anunciou que os EUA compraram quase todo o estoque mundial de remdesivir.
De acordo com o HHS, a administração de Donald Trump fechou um "acordo incrível" com o laboratório Gilead, por 500 mil ciclos do medicamento nos próximos 3 meses. A compra dos EUA é equivalente a 100% da produção projetada pelo laboratório para julho e 90% do total a ser produzido em agosto e setembro.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura