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Nova pátria

Renúncia à cidadania americana aumenta

Assim como Eduardo Sa­­ve­­rin, o brasileiro cofundador do Facebook que abriu mão da cidadania americana e se instalou em Cingapura, onde o imposto de renda é de no máximo 20%, outras 459 pessoas desistiram do passaporte dos Estados Unidos no primeiro trimestre do ano.

Em relação ao quarto trimestre de 2011, o incremento é de 28%. Considerando todo o ano passado, 1.781 americanos decidiram se expatriar. O número representa avanço significativo na comparação com anos anteriores: em 2008, só 231 pessoas renunciaram a essa cidadania.

Apesar de crescente, a par­­cela dos expatriados repre­­senta uma pequena parte dos­­ americanos no exterior. O­­ governo es­­tima que existam 5,2 milhões de cidadãos vivendo fora do país.

Nos EUA, um americano pode desistir da cidadania, por exemplo, se quer se naturalizar num país em que não existe dupla cidadania ou se ele se une a forças armadas estrangeiras.

A suspeita é que muitos tomam essa decisão para fugir do fisco. O imposto de renda cobrado pelo governo federal varia até 35% da renda, uma taxa que pode variar porque os estados também cobram.

Os especialistas destacam que a suspeita fez com que o Congresso dos EUA estabelecesse punições.

Quando o equivalente ao Ministério da Justiça do país entende que alguém se expatriou para não pagar taxas devidas, perde o direito a um visto. O brasileiro que cofundou o Facebook enfrenta esse risco, embora tenha negado essa motivação. "Paguei e continuarei pagando os impostos que devo enquanto cidadão americano sobre tudo o que ganho", disse Saverin.

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