País em crise
Guerra civil, em 1991, agravou a situação na Somália.
1993-1995 O envio de forças de paz da ONU fracassa.
2006 Islâmicos tomam o poder, mas são controlados por tropas etíopes, apoiadas pelos EUA.
Out/2008 Governo e islâmicos selam acordo de trégua.
Dez/2008 Presidente Abdullahi Yusuf destitui o primeiro-ministro. O Parlamento se rebela e o presidente renuncia.
Mogadíscio - Tropas da Etiópia começarão a sair da vizinha Somália nesta semana, deixando um vácuo de poder depois de dois anos apoiando o fraco governo somali. O presidente da Somália, Abdullahi Yusuf, renunciou ontem e o líder do Parlamento, Aden Mohamed Nur, vai chefiar o governo interino até que seja escolhido um novo presidente, dentro de 30 dias. Muitos acreditam que a ausência de Yusuf vai permitir que líderes islâmicos moderados cheguem ao poder.
Apenas algumas horas após a renúncia de Yusuf, foram disparados morteiros nas proximidades do palácio presidencial na capital, onde o governo mantém um frágil controle.
Yusuf foi o último líder a fracassar na tarefa de pacificar a Somália nas últimas duas décadas. Foram feitas mais de 12 tentativas de formar um governo efetivo desde 1991. Nesse período, todas as instituições públicas foram destruídas e a capital do país, Mogadíscio, que já foi uma bela cidade litorânea, agora está devastada por batalhas armadas.
O mais agressivo grupo islâmico insurgente, o al-Shabab, teve ganhos territoriais substanciais nos últimos meses e agora controla boa parte do país. Em comunicado, o grupo afirmou ontem que Yusuf renunciou "com vergonha". Os Estados Unidos acusam o al-Shabab de abrigar terroristas ligados à rede terrorista Al-Qaeda.
Em um discurso transmitido em cadeia nacional de rádio, Yusuf disse que não conseguiu unir as lideranças da Somália e que o país está "paralisado".
A renúncia de Yusuf foi comemorada pelo enviado da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Somália, Ahmedou Ould-Abdallah. A ONU patrocinou vários acordos de paz entre as facções somalis, mas todos fracassaram em meio ao caos e à violência política. O al-Shahab não participou de nenhum acordo.
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