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Luto

Repercussão de filme marcou toda a carreira

Maria Schneider será sempre lembrada como a amante de Marlon Brando em o Último Tango em Paris (1972), de Bernardo Bertolucci.

Não se deve esquecer de que, naquela época, Brando era um dos maiores astros do cinema. Tinha acabado de ganhar – e recusar – um Oscar por O Poderoso Chefão (1972). E Maria Schneider era apenas uma atriz desconhecida de 19 anos.

Mesmo assim, ela não se intimidou. Encarou Brando de frente numa performance eletrizante. Dois atores, um homem de 48 anos e uma mulher de 19, mergulhando de cabeça num abismo de sexo e morte.

O filme causou escândalo. E Maria Schneider carregou por toda a vida o peso desse escândalo.

Infelizmente, ela é muito mais lembrada hoje em dia por algumas imagens mais ousadas do filme de Bertolucci – especialmente pela mítica "cena da manteiga’’, que, segundo ela, foi totalmente improvisada por Brando – do que por sua atuação extraordinária. Na cena, o personagem de Brando usa manteiga para auxiliar na prática de sexo anal com a personagem de Schneider.

Heroína

Não se sabe se foi a fama tão precoce, mas o fato é que a atriz pirou. Em 1975, abandonou um set de filmagem e se internou num hospital psiquiátrico. Acabou viciada em heroína.

Ainda acusou Bertolucci de ser "um gângster’’ e disse ter sido manipulada por ele e por Brando.

Um ano depois, foi despedida de Esse Obscuro Objeto do Desejo, de Luis Buñuel, logo no começo das filmagens e substituída por duas atrizes: Ángela Molina e Carole Bouquet.

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