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Após testemunhar numa investigação federal sobre o vazamento da identidade de uma agente da CIA, a repórter do jornal "The New York Times" Judith Miller disse esperar que os três meses que passou na prisão incentivem a criação de uma lei federal que proteja jornalistas em incidentes assim.

Um dia depois de deixar a prisão, com a promessa de que revelaria sua fonte à Justiça, Miller não confirmou sua identidade durante uma breve entrevista coletiva. Mas foi amplamente relatado, inclusive no "New York Times", que a fonte foi Lewis Libby, chefe de gabinete do vice-presidente Dick Cheney.

- Estou feliz de estar livre - disse Miller, do lado de fora do tribunal onde prestou depoimento, após ter sido autorizada por sua fonte. - Não queria estar na prisão, mas eu teria ficado até mais tempo.

A repórter foi presa porque se recusava a violar o princípio de sigilo que rege o relacionamento dos repórteres com suas fontes. Ela nunca escreveu qualquer reportagem sobre o vazamento, mas o promotor Patrick Fitzgerald achou que a repórter tinha informações que ajudariam a esclarecer o caso.

Advogados disseram que o testemunho de Miller pareceu abrir caminho para que o promotor Patrick Fitzgerald encerre o caso de dois anos sobre a revelação da identidade da agente Valerie Plame e conclua se alguma lei foi violada.

- Tenho esperança também de que o tempo que passei na prisão ajude na aprovação de uma lei federal que proteja o direito do povo à informação - afirmou Miller.

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