Membros de uma equipe da CNN foram presos no início da manhã de sexta-feira (29) durante uma transmissão ao vivo enquanto cobriam os distúrbios em Minneapolis, que eclodiram esta semana após a morte de George Floyd, negro que morreu sob custódia policial na segunda-feira.
Pouco depois das 5 da manhã (local), o repórter da CNN Omar Jimenez e sua equipe, incluindo o produtor Bill Kirkos e o fotojornalista Leonel Mendez, foram presos e algemados depois que Jimenez se identificou aos policiais. A polícia também levou a câmera da CNN sob custódia, enquanto continuava a gravar.
Jimenez e sua equipe estavam denunciando ao vivo uma prisão ocorrida perto do prédio da terceira delegacia da cidade, incendiado pelos manifestantes na noite anterior. Ele estava na frente de policiais que vestiam equipamento anti-motim. Os policiais pediram a Jimenez e sua equipe que mudassem de lugar, momento em que Jimenez identificou os colegas como parte da mesma equipe da CNN e mostrou suas credenciais.
"Podemos voltar para onde você quiser. No momento, estamos no ar", disse Jimenez aos policiais. “Coloque-nos de volta onde você quiser. Estamos saindo do seu caminho. Então, deixe-nos saber".
Alguns minutos depois, dois policiais se aproximaram de Jimenez e informaram que ele estava preso.
"Por que estou preso, senhor?", Jimenez perguntou antes de ser algemado e levado pelos oficiais. Os outros membros da equipe foram presos e levados momentos depois. Eles ficaram detidos nas instalações de Segurança Pública do Condado de Hennepin e foram libertados sob custódia uma hora depois.
O governador de Minnesota, Tim Walz, disse mais tarde que "se desculpa profundamente" pelas prisões e chamou o incidente de "inaceitável".
A Patrulha Estadual de Minneapolis divulgou uma declaração sobre o incidente, alegando que três membros da equipe da CNN foram libertados após serem identificados como imprensa.
“Durante a limpeza das ruas e a restauração da ordem na Lake Street e na Snelling Avenue, quatro pessoas foram presas por soldados da Patrulha Estadual, incluindo três membros de uma equipe da CNN. Os três foram libertados quando foram confirmados como membros da imprensa", afirmou o comunicado.
A CNN contestou a precisão da declaração policial.
"Isso não está correto - nossa equipe se identificou, na televisão ao vivo, imediatamente como jornalistas", afirmou a rede CNN.
Antes da eventual libertação dos jornalistas, a CNN criticou as prisões, condenando-as como uma violação da Primeira Emenda e pedindo a libertação da equipe.
"Um repórter da CNN e sua equipe de produção foram presos nesta manhã em Minneapolis por fazerem seu trabalho, apesar de se identificarem - uma clara violação dos direitos da Primeira Emenda", escreveu o perfil da CNN no Twitter.
© 2020 National Review. Publicado com permissão. Original em inglês.
Clima e super-ricos: vitória de Trump seria revés para pautas internacionais de Lula
Nos EUA, parlamentares de direita tentam estreitar laços com Trump
Governo Lula acompanha com atenção a eleição nos EUA; ouça o podcast
Pressionado a cortar gastos, Lula se vê entre desagradar aliados e acalmar mercado
Deixe sua opinião