No fim do impasse com promotores federais e após quase três meses na cadeia, a repórter do jornal "New York Times" Judith Miller testemunhou nesta sexta-feira a um grande júri federal que investiga quem na administração Bush deixou vazar a identidade de uma agente da CIA (agência de inteligência americana).
Miller concordou em romper seu silêncio e testemunhar após receber o que ela chama de voluntária e pessoal autorização para a quebra de confidencialidade de sua fonte, identificada como Lewis Libby, chefe do gabinete do vice-presidente dos EUA, Dick Cheney.
De acordo com o advogado de Libby, Joseph Tate, seu cliente telefonou para Miller na prisão em 19 de setembro para liberá-la da promessa de confidencialidade, uma decisão que aparentemente contribuiu para sua libertação.
Advogados próximos do caso disseram que o testemunho de Miller pareceu esclarecer o vazamento para o promotor Patrick Fitzgerald, a fim de encerrar a investigação de dois anos sobre quem tornou conhecida a identidade de Valerie Plame e se leis foram violadas. O veredicto deve sair até 28 de outubro.
O marido de Plame, Joseph Wilson IV, que é diplomata, disse que a identidade vazara por causa das críticas dele à política de Bush em relação ao Iraque.
Miller foi solta na quinta-feira após concordar em dar o seu testemunho no caso.
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