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Representantes do grupo terrorista Hamas estão em Cairo, no Egito, neste sábado (4), para negociar um cessar-fogo na Faixa de Gaza, onde a organização enfrenta uma guerra com Israel. O conflito na região acontece desde outubro de 2023 e, após diversas discussões para chegar ao fim da disputa, ainda não houve um consenso para o fim da guerra.
De acordo com informações reveladas pela agência de notícias EFE, "há um grande progresso nas negociações" entre terroristas e o governo israelense. A pressão pelo fim do conflito tem recaído sobre os dois lados. Enquanto comunidades internacionais chamam atenção para a crise humanitária em Gaza, o governo israelense ameaça uma ofensiva na cidade de Rafah, onde mais de um milhão de palestinos se abrigaram desde o início da guerra.
Em nota divulgada nesta sexta-feira (3), o grupo terrorista afirmou que seguiam para o Egito com o "espírito positivo". No comunicado, a organização também expôs algumas de exigências para aceitar um cessar-fogo. Entre as reivindicações: “parar completamente a agressão, a retirada das forças de ocupação, o regresso dos deslocados e o socorro do nosso povo, o início da reconstrução e a conclusão de um acordo de troca sério”.
Conforme adiantou o jornal The Wall Street Journal, mediadores de Israel propuseram ao Hamas uma trégua na guerra. Citando autoridades egípcias, o periódico afirma que a parte israelense teria sugerido uma primeira trégua temporária de 40 dias em troca de 33 reféns, com a possibilidade de extensão do cessar-fogo. O Hamas teria uma semana para responder à proposta.
Um dos pontos controversos exigidos pelo Hamas é o fim total da ofensiva israelense. Parceiros mais radicais do governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu já se opuseram a essa possibilidade. O próprio Netanyahu também tem insistido que a guerra continuará até que todos os seus objetivos sejam alcançados: acabar com o Hamas na Faixa de Gaza e recuperar os reféns que ainda nas mãos do grupo.
O Hamas antecipou que poderia dar uma resposta sobre o cessar-fogo no início da próxima semana ou até mesmo amanhã (domingo, 5). Israel ainda pressiona os terroristas pela adoção do acordo e afirmam que, caso o Hamas não cumpra o prazo de sete dias, Jerusalém daria início à ofensiva em Rafah.