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Pelo menos 30 pessoas ficaram feridas em confrontos entre manifestantes palestinos e a polícia israelense neste sábado (14) perto da mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, segundo testemunhas citadas pela Al-Jazeera. O acesso de árabes às redondezas da mesquita, uma das mais importantes do mundo muçulmano, foi bloqueado pelas autoridades israelenses durante o fim de semana por causa do 63º aniversário da "Nakba" ("tragédia" em árabe), também chamada de "Holocausto Palestino" - a remoção forçada de pelo menos 750 mil palestinos de suas casas pelos judeus por ocasião da criação do Estado de Israel, em 1948.

No Egito, o governo militar bloqueou o acesso à península do Sinai para impedir que uma caravana de 35 ônibus com manifestantes pró-palestinos chegasse à fronteira com o território palestino ocupado de Gaza para participar de protestos por ocasião do aniversário da Nakba.

Segundo a agência France Presse, impedidos de deixar o Cairo, os manifestantes se concentraram na Praça Tahrir, palco das manifestações que culminaram na renúncia do presidente egípcio Hosni Mubarak no começo do ano. A Irmandade Muçulmana, principal organização de oposição no Egito, disse que o Movimento Islâmico de Resistência (Hamas), que governa o território de Gaza, pediu aos egípcios que cancelassem a planejada passeata para a fronteira, para evitar confrontos com os militares israelenses.

Khalid Mash'al, um dos líderes do Hamas, disse em comunicado postado no site da Irmandade Muçulmana que os palestinos "não podem expor os egípcios a essa responsabilidade. Não podemos pedir aos egípcios que se engajem em confronto direto com a Entidade Sionista no momento crítico pelo qual o Egito está atravessando".

Milhares de manifestantes se concentraram diante da embaixada israelense no Cairo, pedindo a expulsão do embaixador israelense e que o Egito rompa relações diplomáticas com Israel.

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