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Repressão a protestos no Bahrein deixa 4 mortos

Manifestantes estavam acampados em praça, a exemplo do que ocorreu no Cairo, no Egito | Hamad I Mohammed/Reuters
Manifestantes estavam acampados em praça, a exemplo do que ocorreu no Cairo, no Egito (Foto: Hamad I Mohammed/Reuters)

Ao menos quatro pessoas morreram nesta quinta-feira (17) durante uma ação das forças de segurança para reprimir as manifestações no Bahrein, de acordo com informações do deputado da oposição Ali al-Aswad. Segundo o parlamentar, ainda há 95 pessoas feridas, cinco delas em estado grave.

Dezenas de veículos blindados da polícia foram usados para reprimir as manifestações na Praça Pérola, no centro de Manama, capital do país. Os policiais chegaram quando os manifestantes dormiam na praça e usaram gás lacrimogêneo e tiros de borracha. A polícia já havia lançado antes uma violenta ação para retirar manifestantes da área, segundo testemunhas.

A rede Al Jazeera afirma, em seu site, que há confrontos também em outras partes da cidade. O líder do principal bloco da oposição xiita no país, xeque Ali Salman, qualificou a ação policial como "selvagem e injustificada". Segundo Salman, a repressão terá "repercussões catastróficas".

Os protestos começaram na segunda-feira no Bahrein, país do Golfo Pérsico. Os manifestantes exigem mais democracia e melhorias econômicas, e se inspiram nos levantes ocorridos na Tunísia e no Egito, que terminaram com a renúncia dos líderes dessas nações. O protesto no Bahrein foi convocado por ativistas pela internet.

Anteontem, o rei do Bahrein, Hamad bin Isa al-Khalifa, fez uma rara aparição na televisão, prometendo investigar duas mortes anteriores de manifestantes. Porém, desde então, os protestos cresceram, com muitas pessoas exigindo a saída da família real do comando do país. De maioria muçulmana xiita, o Bahrein é controlado por uma dinastia sunita. As informações são da Dow Jones.

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