Ao menos 24 pessoas foram mortas e dezenas foram detidas pelas forças de segurança da República Democrática do Congo desde a reeleição "contestada" do presidente Joseph Kabila, no dia 9 de dezembro passado, informou nesta quinta-feira (27) a Human Rights Watch.
Segundo a ONG, "ao menos 24 pessoas foram mortas entre os dias 9 e 14 de dezembro, sendo 20 em Kinshasa, duas no Norte-Kivu e duas no Kasai Ocidental", revela a organização de defesa dos direitos humanos em um comunicado.
A Comissão Eleitoral havia anunciado no dia 9 de dezembro resultados provisórios dando a vitória a Joseph Kabila, o que foi confirmado no dia 16 de dezembro pela Suprema Corte de Justiça (CSJ).
Desde então, "as forças de segurança têm disparado contra pequenos grupos, aparentemente para impedir a realização de manifestações contra o resultado das eleições", disse Anneke Van Woudenberg, pesquisadora para África da Human Rights Watch.
"Estas manobras sangrentas contribuem para fragilizar o processo eleitoral e dão a impressão de que o governo não retrocederá diante de nada para manter o poder".
Kabila foi declarado vencedor com 48,95% dos votos, contra 32,33% para o opositor Etienne Tshisekedi, que se proclamou "presidente eleito" após rejeitar os resultados, diante de numerosas irregularidades, confirmadas por observadores nacionais e internacionais.
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