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Onda de protestos

Repressão na Síria continua, cinco morrem perto de Hama

Forças sírias mataram ao menos cinco civis durante incursões contra vilarejos nos arredores da cidade sitiada de Hama nesta terça-feira, ampliando uma ofensiva de dez dias contra a cidade para regiões próximas, disseram ativistas locais.

Segundo testemunhas, tanques sírios também invadiram uma cidade a 30 quilômetros da fronteira com a Turquia nesta terça.

A expansão dos ataques ocorreu no mesmo dia da chegada de um enviado turco a Damasco para pedir o fim da violência ao presidente Bashar al-Assad.

Segundo a União de Coordenação da Revolução Síria, cinco corpos foram levados ao hospital Jwash, na cidade de Tibet al-Imam, ao norte de Hama, inclusive duas meninas da mesma família.

Testemunhas disseram que veículos armados entraram na cidade de Binnish, próxima de Hama, ao amanhecer, e uma coluna armada também avançou ao centro de Deir al-Zor, no terceiro dia de uma ofensiva contra a capital de uma província produtora de petróleo que faz fronteira com o coração sunita do Iraque.

Ao ser perguntado por que Binnish foi alvo de ataque, um morador que havia fugido da cidade disse: "A cidade inteira estava reunida em manifestações noturnas depois das orações do Ramadã".

Em Deir al-Zor, moradores disseram que tanques avançaram para o sul rumo ao centro, ocupando o bairro de Hawiqa, onde as forças invadiram casas e detiveram os moradores.

A Síria enfrentou quase cinco meses de protestos contra o governo de 11 anos de Assad, inspirada nas revoltas árabes que derrubaram líderes no Egito e na Tunísia no início do ano.

O ministro de Relações Exteriores da Turquia chegou à Síria nesta terça-feira para enviar uma mensagem incisiva sobre a necessidade de encerrar o derramamento de sangue, que autoridades sírias alegam ser culpa de gangues armadas.

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