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Pelo menos 24 pessoas foram mortas pelas forças de segurança em toda a Síria hoje, disseram ativistas, enquanto o presidente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Jakob Kellenberger, tentava conseguir acesso aos prisioneiros detidos pelo governo em mais de cinco meses de protestos contra o regime de Bashar Assad.

O ministro de Relações Exteriores russo Sergei Lavrov advertiu que os cinco países que compõem os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que criticaram as sanções contra a Síria estão determinados a não permitir um solução para o país como a que foi encontrada para a Líbia.

De acordo com o relato de ativistas, as forças sírias mataram 12 pessoas hoje durante operações no noroeste e na região central do país, dentre elas uma mulher. A agência de notícias estatal Sana também divulgou o mesmo número de vítimas, que no caso incluiriam seis militares. As mortes teriam acontecido quando um "grupo armado terrorista" fez uma emboscada a um ônibus, na região central do país.

Omar Idlibi, porta-voz dos Comitês de Coordenação Locais (CCL), que reúne os grupos contrários ao regime, disse que "quatro mártires caíram em Karnaz, perto da cidade (central) de Maharda." Ele também afirmou que outras oito pessoas foram mortas na província de Idlib, no noroeste, dentre elas duas da cidade de Khan Sheikhwan.

Na última sexta-feira, a Sana informou que homens armados sequestraram Wael Ali, cabo dos serviços internos de segurança sírios em Khan Sheikhwan. Segundo o CCL, forças de segurança apoiadas por soldados invadiram Khan Sheikhwan e cercaram hospitais "para evitar que os feridos fossem levados para receber tratamento". No último domingo, nove pessoas foram mortas por disparos de metralhadoras na cidade quando ela foi invadida por três tanques e três veículos de segurança, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, grupo sediado em Londres.

A Sana informou, citando uma fonte militar, que seis soldados, dentre eles um oficial, e três civis foram mortos em Maharda hoje quando homens armados abriram fogo contra um ônibus que "levava soldados e trabalhadores que iam para o emprego". Três atacantes também morreram durante um tiroteio com as tropas sírias, e 17 pessoas ficaram feridas no ataque, de acordo com a Sana.

Também houve violência na cidade de Homs. Quinze pessoas ficaram feridas quando soldados e forças de segurança fizeram disparos pela cidade como parte de uma operação iniciada na noite do último sábado, informou o Observatório.

Os episódios de violência ocorreram enquanto o presidente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Jakob Kellenberger, reunia-se com o primeiro-ministro Walid Muallem em Damasco para discutir os esforços sírios de "restaurar a ordem" e introduzir reformas. O governo de Assad responsabiliza a ação de "grupos armados" pelo levante, disse a Sana. llenberger deve se reunir com Assad amanhã.

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