Praga - A República Tcheca, ex-comunista e forte partidário da oposição em Cuba, concedeu asilo a um ex-prisioneiro político da ilha que chegou a Praga na terça-feira, informou o Ministério das Relações Exteriores.

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Rolando Jiménez Posada, ex-soldado e advogado de 40 anos, foi preso em abril de 2003 por pregar cartazes contra o governo e revelar segredos de Estado. Foi sentenciado a 12 anos de prisão.

As autoridades cubanas deram início à libertação de presos políticos no início do segundo semestre deste ano, depois de manter um diálogo com a Igreja Católica. Desde então, 47 homens receberam asilo na Espanha

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O acordo busca parcialmente melhorar as relações de Havana com a União Europeia.

Os tchecos foram por muito tempo os críticos mais expressivos de Cuba no bloco de 27 nações e há anos bloquearam os esforços liderados pela Espanha para criar laços mais próximos entre a União Europeia e o Estado comunista.

Jiménez foi libertado na quinta-feira passada.

"Antes de embarcar no avião da Iberia, não podia acreditar que estivesse acontecendo", disse ele depois de a aeronave pousar em Praga, segundo a agência de notícias CTK.

Os tchecos também deram asilo a quatro familiares de Jiménez.

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"É um sinal de apoio que a República Tcheca dá à luta pelos direitos humanos", disse à Reuters o chanceler tcheco, Karel Schwarzenberg.

"Os direitos humanos são a prioridade da política exterior tcheca e os apoiaremos onde sejam violados", declarou.

Praga disse estar preparada para dar asilo político a 10 presos políticos cubanos.

Jiménez não estava entre os 52 opositores presos sob a chamada Primavera Negra cubana, em março de 2003, dos quais 39 foram libertados anteriormente neste ano com a mediação da Igreja Católica.

Além deste grupo, o governo cubano libertou ou planeja libertar mais oito presos políticos, entre eles Jiménez, segundo a Igreja.

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