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O ex-presidente dos EUA Donald Trump e a atual vice-presidente, Kamala Harris, durante seu debate presidencial
O ex-presidente dos EUA Donald Trump e a atual vice-presidente, Kamala Harris, durante seu debate presidencial| Foto: EFE/EPA/JIM LO SCALZO

O debate acalorado entre o ex-presidente dos EUA Donald Trump e a vice-presidente da gestão Biden, Kamala Harris, na ABC News, na noite desta terça-feira (10), recebeu críticas de internautas e jornais internacionais em relação à participação dos moderadores, acusados de parcialidade a favor de Harris.

O portal conservador americano Daily Signal apontou que "os moderadores checaram os fatos do ex-presidente Donald Trump a cada passo do caminho, enquanto permitiram que sua oponente transitasse sobre questões que eles acham que seriam benéficas para o Partido Democrata".

Os âncoras da ABC News, David Muir e Linsey Davis, interrompiam o debate praticamente a cada resposta do republicano para “checar os fatos”, criando um ambiente desfavorável e de perseguição a Trump, segundo o portal.

As checagens, inclusive, contavam com imprecisão por parte dos moderadores. Por exemplo, quando Trump disse que os democratas de alguns estados apoiam o aborto no nono mês de gravidez, a âncora Davis interrompeu dizendo que "não há estado neste país onde seja legal matar um bebê após o nascimento".

Contudo, o portal pontuou o caso de Minnesota, estado natal do companheiro de chapa de Harris, o governador Tim Walz, onde as proteções para crianças que sobrevivem a abortos foram revogadas com a lei estadual SF 2995.

Ao portal americano National Review, o pesquisador pró-vida Michael New escreveu um artigo sobre o assunto, apontando que, "segundo dados do Departamento de Saúde de Minnesota, desde que o governador Walz foi empossado em 2019, apenas oito bebês sobreviveram a tentativas de aborto”.

Nas redes sociais, o filho do candidato republicano Donald Trump Jr. também teceu críticas aos mediadores, dizendo que “apenas Trump estava sendo checado” no debate, enquanto Kamala recebeu um tratamento brando.

O senador republicano Tom Cotton, do Arkansas, comentou que no debate “eram três contra um. Eles continuaram a se envolver na chamada checagem de fatos de Donald Trump. Eles nunca fizeram isso com Kamala Harris”.

David Bossie, um antigo conselheiro de Trump e membro do Comitê Nacional Republicano de Maryland, afirmou que os âncoras agiram como "agentes da campanha de Harris”.

O próprio candidato republicano se manifestou nesse sentido, posteriormente, em sua rede social Truth Social. “Achei que esse foi meu melhor debate de SEMPRE, principalmente porque foram TRÊS CONTRA UM!”, disse Trump.

O encontro desta terça-feira foi o único confronto confirmado entre Trump e Harris antes do dia das eleições em 5 de novembro, embora o ex-presidente tenha concordado em participar de debates na emissora NBC e na Fox News. A democrata também afirmou que está aberta para um segundo debate.

Uma pesquisa recente do jornal New York Times, em parceria com a Siena College, divulgada no domingo (8), apontou que Trump tem uma leve vantagem nas intenções de votos de prováveis eleitores (lembrando que nos Estados Unidos o voto não é obrigatório), de 48% contra 47% registrados para a candidata democrata, o que indica um empate técnico entre os adversários políticos.

Os números permanecem praticamente inalterados desde a pesquisa anterior, conduzida no final de julho, logo após a desistência de Joe Biden da candidatura à reeleição.

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