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Estados Unidos

Republicanos ameaçam a reforma da saúde de Obama

Veja como era e como vai ficar o congresso americano |
Veja como era e como vai ficar o congresso americano (Foto: )

Nova York - O clima de bipartidarismo que tomou conta do Congresso norte-americano no mês passado chegou ao fim, e os republicanos, que passarão a ter maioria entre os deputados, prometem até o final de janeiro votar novamente a re­­forma do sistema de saúde – uma das principais vitórias do governo Barack Obama.

A promessa do partido de oposição é que a nova votação ocorra antes do discurso do Estado da União, em que o presidente estabelece as prioridades do seu go­­verno. O discurso ainda não tem data definida, mas deve ocorrer no final deste mês.

Com isso, os republicanos sinalizam o tom da relação com o governo Obama nos próximos dois anos, quando terão maioria na Câmara dos Representantes (deputados) e diminuirão a vantagem democrata no Senado. Os novos congressistas tomam posse na quarta.

Nas últimas semanas, membros dos dois partidos fecharam acordos para aprovar projetos como o que alongou o prazo de duração dos cortes de impostos.

Força da oposição

Para o deputado republicano Fred Upton, o partido inclusive deverá ter votos suficientes para reverter o provável veto de Obama a mudanças na lei.

"Nós temos 242 republicanos [na Câmara dos Representantes, contra 193 membros governistas]. Eu acredito que haverá um número significativo de democratas que se unirão a nós’’, disse Upton.

"É preciso lembrar que, quando o projeto foi votado pela Câ­­mara em março, ele passou por sete votos’’, acrescentou.

Para que um veto do presidente americano seja derrubado, os republicanos precisariam de dois terços dos votos das duas Casas.

A tarefa fica ainda mais difícil levando em conta que os democratas terão, a partir de amanhã, 51 integrantes no Senado, quatro a mais que os oposicionistas – há ainda dois independentes.

E os democratas não parecem que vão ceder na disputa facilmente. Senadores como Harry Reid, o atual líder democrata no Senado, distribuíram carta em que afirmam que vão bloquear as tentativas republicanas de alterar a reforma do sistema de saúde.

"A proposta merece a chance de entrar em vigor. Ela é muito importante para ser tratada como um dano colateral em uma missão partidária de revogá-la’’, afirma o documento.

Alteração

Um dos pontos que os republicanos prometem alterar é o que exige que todos americanos tenham seguro de saúde, ou paguem multa. Esse mesmo ponto, um dos principais da reforma, também está sendo contestado na Justiça.

No mês passado, um juiz do Estado da Virgínia considerou in­­ constitucional essa parte da reforma, no primeiro revés jurídico ao projeto.

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