Os pré-candidatos presidenciais republicanos se dedicaram nesta sexta-feira (23), às vésperas das primárias da Louisiana, a atacar a reforma sanitária do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em coincidência com o segundo aniversário de sua promulgação.

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"O presidente não está dando discursos" sobre a reforma neste aniversário "e isso acontece por uma razão: a maioria dos americanos quer desfazer-se dela e nós estamos entre eles", disse Mitt Romney, ex-governador de Massachusetts, durante um ato de campanha em Nova Orleans.

O ex-senador Rick Santorum também criticou a lei de Obama em comunicado divulgado por sua campanha e aproveitou para atacar Romney, a quem acusou de "enganar os eleitores" com uma reforma sanitária em Massachusetts, quando era governador, muito similar a esta que agora rejeita.

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Outro dos aspirantes, o ex-presidente da Câmara de Representantes Newt Gingrich, sustentou em comunicado que se a reforma de Obama for mantida "não haverá fim ao poder do governo", que segundo sua opinião agora tem controle "sobre decisões muito pessoais sobre a vida e a morte".

Obama não realizou nenhuma atividade especial nesta sexta-feira (23) para comemorar o segundo aniversário da promulgação da reforma, às vésperas de que a Corte Suprema estude os recursos por inconstitucionalidade apresentados por estados governados por republicanos.

Já a Casa Branca emitiu um comunicado no qual o presidente afirma que sua reforma, a maior do sistema de saúde nos últimos 50 anos, "fez a diferença para milhões de americanos e com o tempo ajudará a dar a mais famílias trabalhadoras e de classe média a segurança que merecem".

A aprovação da reforma foi a maior conquista do mandato de Obama e procura estender a cobertura de seguros médicos a toda população. Atualmente, há quase 50 milhões de pessoas que não têm essa proteção.

A obrigatoriedade de adquirir seguro médico entrará em vigor em 2014 e a lei estipula multas para os indivíduos que não a cumprirem.

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Essa cláusula do seguro médico obrigatório é a mais controvertida e rejeitada totalmente pelos candidatos republicanos, que prometeram reiteradamente durante a campanha que anularão a reforma se chegarem à Casa Branca.

São necessários 1.144 delegados para garantir a nomeação presidencial republicana na convenção que o partido realizará em agosto em Tampa, na Flórida

Segundo as últimas estimativas da emissora "CNN", Romney tem até agora 562 delegados, seguido de Santorum (249), Gingrich (137) e do legislador texano de ideias libertarias Ron Paul (71).