Washington O republicano James Sensenbrenner, um dos líderes do partido na Câmara de Representantes, dá um diagnóstico que ameaça adiar a reforma das leis de imigração nos Estados Unidos. Ele afirma que seus colegas podem aceitar um programa de trabalhadores temporários, mas não aceitarão nenhuma "anistia" para imigrantes ilegais.
O texto integral foi aprovado pelo Senado na última semana, mas ainda terá ajustes, ao ser confrontado com o projeto da Câmara de Representantes, votado anteriormente e bem mais rigoroso que o segundo.
Sensenbrenner, que é presidente do Comitê Judicial da Câmara de Representantes, mostrou certa flexibilidade com relação a um programa de trabalhadores temporários. Entretanto, ele afirmou que a proposta só será discutida caso "não inclua anistia e caso as sanções aos empresários (que contratam imigrantes clandestinos) e o aumento da segurança na fronteira sejam efetivos", disse.
O projeto do Senado oferece anistia aos ilegais que moram há mais de cinco anos nos Estados Unidos e estejam trabalhando. Quem vive há mais de dois anos no país não será expulso, se cumprir uma série de exigências. Estabelece ainda um programa de trabalho temporário que permite a entrada de 200 mil trabalhadores.
"O que o Senado está fazendo é legalizar (os imigrantes), aumentar o número (de ilegais) e dar a eles uma vida livre", afirmou o congressista republicano.
Os democratas afirmam que o Senado deveria ser mais generoso em relação aos imigrantes ilegais. Luis Gutiérrez, por exemplo, pede que presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, pressione os membros do seu partido a aceitarem a regularização dos clandestinos, que chegam a 12 milhões.
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