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A liderança do Partido Republicano na Câmara dos Representantes dos EUA rejeitou nesta segunda-feira (5) o acordo fechado pelos republicanos do Senado para impor uma série de restrições migratórias na fronteira, por considerá-lo “insuficiente”.
"Os republicanos da Câmara se opõem ao projeto de lei de migração porque ele não atende a nenhuma das políticas necessárias para proteger a nossa fronteira", argumentou o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Mike Johnson, em comunicado, juntamente com outros líderes do partido.
Qualquer consideração sobre o projeto de lei no Senado, segundo eles, é uma "perda de tempo" porque o acordo "morrerá quando chegar à Câmara".
Após semanas de negociações envolvendo a Casa Branca, o Departamento de Segurança Nacional e um grupo de senadores de ambos os partidos, foi divulgado o acordo que permitiria restrições migratórias e a aprovação de nova ajuda militar para a Ucrânia.
O texto permite que o governo federal limite o acesso ao asilo quando houver 4 mil travessias diárias por sete dias consecutivos. Ao mesmo tempo, eleva os requisitos para solicitar asilo nos EUA. Esse acordo representa uma mudança significativa na posição do Partido Democrata em relação à imigração, mas a Casa Branca colocou a questão na mesa como moeda de troca para fazer com que os republicanos aprovassem a ajuda militar para a Ucrânia, que eles vêm bloqueando há meses.
Dessa forma, a proposta também inclui US$ 60 bilhões (R$ 298 bilhões) em ajuda militar para a Ucrânia, US$ 14 bilhões (R$ 69 bilhões) para Israel, US$ 4,8 bilhões (R$ 23 bilhões) para Taiwan e US$ 20 bilhões (RS 99,6 bilhões) para a segurança das fronteiras.
A expectativa é que o projeto de lei seja aprovado em uma votação processual nesta semana no Senado, de maioria democrata.
Se for aprovado no Senado, passará para a Câmara dos Representantes, onde os republicanos são maioria.
Além da oposição da liderança republicana ao projeto de lei, o acordo também enfrenta a oposição do ex-presidente Donald Trump (2017-2021), o líder de fato do partido que visa ser o representante republicano na eleição presidencial de novembro e não quer acordos com os democratas. (Com Agência EFE)