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O diretor do FBI, Christopher Wray, se disse “horrorizado”: “Não conduzimos investigações com base em afiliação ou práticas religiosas”
O diretor do FBI, Christopher Wray, se disse “horrorizado”: “Não conduzimos investigações com base em afiliação ou práticas religiosas”| Foto: EFE/Lenin Nolly

O Comitê Judiciário da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, presidido por republicanos, informou nesta segunda-feira (10) que está investigando o FBI (a polícia federal americana) por se infiltrar em centros católicos para tentar obter fontes de informação sobre paroquianos.

De acordo com o comitê, os americanos devem poder exercer os seus direitos fundamentais da Primeira Emenda, que protege o direito à liberdade de religião e de expressão, sem receio de que o FBI tenha colocado “informantes” nos locais de culto.

As investigações se concentram na forma como o FBI investigou casos de suposta “violência extremista” por parte de católicos americanos.

Segundo as suas fontes, o FBI utilizou pelo menos um agente infiltrado para desenvolver a sua análise e propôs que os seus agentes abordassem paróquias católicas para fazer com que as fontes entre o clero e a sua liderança reunissem informações sobre os fiéis.

“Com base nas informações limitadas fornecidas pelo FBI ao comitê, agora sabemos que o FBI contou com pelo menos um agente secreto para produzir sua análise, e que o FBI propôs que seus agentes se envolvessem com paróquias católicas para cultivar fontes entre o clero e a liderança da Igreja para obter informações sobre americanos praticando sua fé”, escreveu o presidente do Comitê Judiciário da Câmara, Jim Jordan, em carta ao diretor do FBI, Christopher Wray, à qual a Fox News teve acesso.

Esta “informação surpreendente”, na opinião dos republicanos, os levou a solicitar os documentos pertinentes sobre o assunto e a convocar Wray para cooperar na investigação parlamentar.

“Esta informação é ultrajante e apenas reforça a necessidade do comitê de ter acesso a todo o material do FBI que atenda ao nosso pedido”, acrescentou Jordan. Por ironia, o presidente americano, Joe Biden, é católico.

O poder dessa investigação é limitado. Os membros do Congresso podem realizar audiências públicas para obter mais informações sobre assuntos preocupantes, mas o seu impacto normalmente se limita a mudanças no nível normativo.

Em nota enviada à Fox News, o FBI informou que vai “cooperar” com o Comitê Judiciário da Câmara e que o próprio Wray se disse “horrorizado” durante depoimento ao Congresso americano.

“Tomamos medidas imediatamente para retirá-los [relatórios sobre católicos] e removê-los dos sistemas do FBI. Isso não é condizente com os padrões do FBI”, alegou o diretor.

“Não conduzimos investigações com base em afiliação ou práticas religiosas, ponto final. Também pedimos à nossa divisão de inspeção que analise como isso aconteceu e tente descobrir como podemos garantir que algo assim não aconteça novamente”, apontou Wray.

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