Depois do fraco apoio entre as mulheres na eleição presidencial de 2008, o Partido Republicano pode voltar a ter um problema com o sexo feminino.
Acusações de má conduta sexual contra Herman Cain, o tratamento de Newt Gingrich em relação às suas ex-mulheres e a retórica dura durante os debates levantaram preocupações entre alguns Republicanos sobre a capacidade do partido para atrair mulheres na corrida presidencial do próximo ano.
As mulheres norte-americanas têm, em geral, favorecido candidatos presidenciais Democratas há décadas, mas alguns estrategistas acreditam que os Republicanos poderiam tirar proveito de um "remorso de comprador" por causa da economia ruim e reconquistar as mulheres que ajudaram Barack Obama a chegar à Casa Branca em 2008.
Mas, em vez disso, alguns dos principais candidatos à nomeação Republicana podem afastar as mulheres.
"Acho que o Partido Republicano tem feito um desserviço, porque deveria estar fazendo mais esforço para atrair eleitores do sexo feminino", disse o estrategista Ford O'Connell, assessor da campanha de John McCain/Sarah Palin em 2008.
Apelar para as eleitoras será particularmente importante na disputa eleitoral contra Obama, que venceu a eleição em 2008 com a maior margem já registrada por um democrata entre eleitores do sexo feminino.
Como teve apoio de 56% das mulheres, Obama conquistou a Casa Branca com apenas uma minoria, 49 por cento, de votos masculinos. Mais mulheres também participaram nas eleições gerais. Dados mostram que 10 milhões de mulheres a mais do que homens votaram em 2008.
Cain foi acusado de assédio a funcionárias quando chefiava a Associação Nacional de Restaurantes na década de 1990, acusações que ele tem repetidamente negado. Depois de uma alegação de que ele teve um longo caso extra-conjugal, o empresário disse esta semana que estava reavaliando sua campanha.