O deputado republicano Jim Jordan, apoiado pelo ex-presidente Donald Trump (2017-2021), foi retirado pelos colegas de partido da disputa para a presidência da Câmara dos Estados Unidos nesta sexta-feira (20).
Numa votação interna secreta, realizada poucas horas depois de Jordan não conseguir na terceira votação em plenário a maioria simples de votos para ser eleito, os republicanos decidiram retirar sua candidatura.
Os republicanos, que têm pequena maioria na casa, devem decidir no início da próxima semana quem será o novo candidato. Será o terceiro indicado – antes de Jordan, o deputado Steve Scalise havia sido o mais votado na disputa interna do partido na semana passada para tentar a presidência da Câmara, mas desistiu antes do seu nome ir a plenário porque percebeu que não teria votos suficientes para ser eleito.
“Estamos de volta à estaca zero”, disse o deputado republicano Dusty Johnson à CNN. “Tenho esperança de encontrarmos alguém que provavelmente nunca se imaginou neste papel [presidente da Câmara]. Alguém que esteja mais interessado em fazer algo do que em ser algo. Precisaremos que um verdadeiro líder se apresente”, afirmou Johnson.
O próprio Jordan declarou que o Partido Republicano precisa se “unir” para definir o novo presidente da Câmara. “Vou trabalhar o máximo que puder para ajudar essa pessoa, para que possamos ajudar o povo americano”, disse Jordan.
Mais cedo nesta sexta-feira, Jordan recebeu apenas 194 votos e ficou aquém da metade mais um dos votantes para ser eleito porque 25 correligionários votaram em outros nomes. O líder da minoria democrata na casa, Hakeem Jeffries, teve 210 votos, todos do seu partido.
Nas duas votações anteriores realizadas esta semana, Jordan também não havia conseguido a maioria para ser eleito, evidenciando a divisão dentro do Partido Republicano.
Mais de duas semanas depois do afastamento do republicano Kevin McCarthy como presidente da Câmara, a casa segue paralisada porque não consegue eleger um novo líder.
McCarthy foi sacado no último dia 3 após outro republicano, Matt Gaetz, ter apresentado uma moção para retirá-lo da presidência da Câmara porque se revoltou com um acordo dele com os democratas para aprovar um financiamento emergencial de 45 dias para o governo americano.
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