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Amina Ali (à esquerda), a primeira estudante resgatada, durante reunião com o presidente Muhammadu Buhari | FLORIAN PLAUCHEUR/AFP
Amina Ali (à esquerda), a primeira estudante resgatada, durante reunião com o presidente Muhammadu Buhari| Foto: FLORIAN PLAUCHEUR/AFP

Uma segunda menina do grupo de estudantes de Chibok sequestradas pelo Boko Haram, há mais de dois anos, foi resgatada, anunciou o Exército nigeriano, nesta quinta-feira (19). Em nota, um porta-voz do Exército, coronel Sani Usman, “confirmou o resgate de outra das meninas de Chibok esta noite”.

A primeira das 219 garotas sequestradas, Amina Ali, foi encontrada na última terça-feira (17) por tropas e milícias de autodefesa perto do bastião do Boko Haram no bosque de Sambisa, no estado de Borno, nordeste da Nigéria.

Amina, de 19 anos, e sua mãe, Binta Ali, reuniram-se com o presidente Muhammadu Buhari nesta quinta-feira em sua residência oficial em Abuja. No encontro, o chefe de Estado disse que o governo está fazendo “todo o possível para resgatar o restante das meninas de Chibok”.

“O resgate de Amina nos dá uma nova esperança e oferece uma oportunidade única para (obter) informação vital”, afirmou Buhari, em um comunicado. Binta falou pela primeira vez, nesta quinta, em Abuja, sobre a volta da filha.

“Ela expressou seu reconhecimento para com Deus, o governo e todos que participaram do resgate e da descoberta de sua filha. Ela nunca pensou que iria vê-la de novo”, declarou à imprensa, ao lado de Binta Ali, sua intérprete em inglês.

Amina passou mais de dois anos prisioneira do Boko Haram. Quando foi sequestrada, tinha 17 anos. Segundo a intérprete de Binta Ali, a menina é a mais jovem de uma família de 13 filhos, dos quais 11 faleceram antes de completar quatro, ou cinco anos de idade.

“Isso quebrou seu coração, e ela ficou destruída com o fato de Amina também ter sido arrancada dela, depois de vê-la crescer e atingir a idade que tinha na época”, completou a intérprete.

O marido de Binta e pai de Amina, Ali, morreu pouco depois do sequestro, de acordo com os líderes comunitários de Chibok.

Depois de sua libertação, Amina contou, segundo o movimento “BringBackOurGirls” (“Tragam nossas garotas de volta”, em português), que as demais continuam presas no bosque de Sambisa, onde o Boko Haram têm vários acampamentos. Seis delas morreram. Outros reféns libertados garantiram ter visto as meninas de Chibok nesse bosque.

Em abril de 2014, militantes do Boko Haram sequestraram 276 garotas de uma escola de Chibok. O sequestrou comoveu o mundo. Desse total, 57 conseguiram escapar poucas horas depois do ataque, mas não se teve notícia das outras 219 até uma gravação ser divulgada em maio de 2014. Em abril passado, o grupo enviou uma mensagem como “prova de vida” ao governo nigeriano.

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