O movimento político Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), de oposição, decidiu boicotar as negociações convocadas pelo governo de Moçambique para pôr fim a uma crise política que coloca em risco a estabilidade do país africano. A afirmação foi feita nesta segunda-feira pelo negociador-chefe do governo, José Pacheco.
A expectativa era de que o diálogo tivesse início hoje em Maputo a capital moçambicana. Representantes do governo e da Renamo deveriam discutir o desarmamento dos combatentes do movimento, sua integração ao exército e aspectos da nova lei eleitoral do país.
De acordo com Pacheco, líderes do antigo movimento rebelde avisaram na última hora que só retornariam às negociações se o governo aceitasse a presença de observadores locais e estrangeiros. Pacheco disse que outra exigência deles era de que a Comissão Eleitoral fosse formada exclusivamente por integrantes da Renamo e da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), de situação.
No mês passado, a Renamo boicotou as eleições municipais e agora ameaça boicotar as eleições gerais de outubro do ano que vem se o governo não atender a suas exigências.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura