O proprietário de um restaurante alemão cuja comida pode ter sido contaminada pela bactéria E.coli disse neste sábado (4) que ficou devastado ao saber que muitos de seus clientes foram infectados.
"Foi como um golpe na cabeça quando eu ouvi a notícia", disse Joachim Berger em entrevista na cozinha de seu restaurante, em Luebeck, a 60 quilômetros da cidade de Hamburgo, epicentro da doença.
"Nós fizemos todos daqui fazerem exames e tudo foi desinfetado. Eu mesmo paguei pelos exames, porque segurança é importante para os nossos clientes e funcionários", disse ele à Reuters.
As autoridades da Alemanha ainda não encontraram a fonte do agente patológico, que matou ao menos 19 pessoas na Europa e deixou mais de 1.700 doentes em 12 países -- todas eles viajaram recentemente pelo norte alemão.
Mas o jornal Luebecker Nachrichten noticiou que cientistas haviam identificado o restaurante local como um possível foco, de onde a bactéria foi transmitida após a morte de uma pessoa e o adoecimento de 17, incluindo um grupo de fiscais tributários alemães, turistas dinamarqueses e uma criança do sul da Alemanha.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) disse que a cepa da bactéria é rara, já vista antes em humanos, mas nunca nessa escala de contágio.
Berger disse ter ficado perplexo, sem entender por que os fiscais tributários ficaram doentes depois de jantar em seu "Kartoffel-Keller", no coração da cidade portuária do mar Báltico, no dia 13 de maio. Ele garantiu que ninguém mais adoecera.
Uma mulher alemã, um dos fiscais que jantou no restaurante, morreu depois de contrair a E.coli. Oito turistas da Dinamarca, que comeram no mesmo lugar, também foram infectados, de acordo com o jornal.
Muitos dos infectados desenvolveram síndrome hemolítico-urêmica, complicação potencialmente fatal que pode afetar os rins.
Berger disse que inspetores de saúde vieram ao seu restaurante na semana passada, sem encontrar nada. Mais resultados dos testes saem na segunda-feira.