Termina votação para as eleições presidenciais do Timor Leste
Os colégios eleitorais fecharam suas portas nesta segunda-feira no Timor-Leste, após uma jornada que transcorreu em aparente calma.
A Agência Lusa informou nesta segunda-feira que o resultado da eleição presidencial no Timor Leste, realizada nesta segunda-feira, deve ser anunciado no próximo dia 20.
A partir de terça-feira, no entanto, será feita uma leitura parcial dos resultados contabilizados nesta segunda-feira. À medida que forem apurados, eles serão fixados na porta de cada uma das seções eleitorais. A apuração dos votos começou logo depois do fechamento das urnas, mas ainda não foi divulgado o número oficial de votantes.
Segundo o calendário eleitoral da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), os resultados de todos os distritos serão anunciados na próxima quarta-feira, dia 11. Nos três dias seguintes, todos os votos serão recontados. Em 14 de abril, os resultados provisórios serão divulgados na sede da CNE, em Díli, capital do Timor.
Eventuais denúncias de irregularidades ou queixas serão analisadas pelo Tribunal de Recursos no dia 15. Caso não haja irregularidades, a comissão apresenta seu relatório ao tribunal, que terá três dias para dar seu parecer.
No dia 20, portanto, a comissão espera divulgar os resultados oficiais. Para que haja segundo turno, basta que nenhum candidato atinja mais de 50% dos votos. A expectativa é de que aproximadamente 520 mil eleitores tenham ido à urnas, o que representa pouco mais da metade da população.
Oito candidatos disputam a sucessão do atual presidente Xanana Gusmão. O Timor Leste se tornou independente em 2002, depois de mais de duas décadas sob domínio da Indonésia. Em comunicado nesta segunda-feira, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, felicitou o povo do país pela alta participação e pelo decorrer pacífico das eleições presidenciais, as primeiras desde a independência do Timor.
O processo eleitoral foi acompanhado por 2.080 observadores, sendo 180 são internacionais. O Brasil tem o maior número de representantes entre os integrantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
A brasileira Sandra Silvestre está neste grupo, mas com uma particularidade: no dia anterior, a juíza de Rondônia foi esfaqueada durante um assalto em Díli, a capital do país, quando estava indo a um mercado. Entre 2004 e 2006, ela morou em Díli, onde atuou na Justiça criminal do Timor Leste.