A Grécia, país com uma das maiores dívidas do mundo, está destinada a ser governada por uma nova coalizão de pelo menos dois partidos uma promessa de mais instabilidade política.
Com cerca de metade dos votos apurados na eleição realizada ontem, até o fechamento desta edição, os conservadores da Nova Democracia (ND) eram os mais votados, mas não têm muito o que comemorar, já que os 20,22% conquistados não darão a eles o poder de governarem o país sozinhos.
Em segundo lugar, com 15,9%, ficou a Coalizão da Esquerda Radical (Syriza), uma formação associada ao Partido da Esquerda Europeia, enquanto o tradicional partido social-democrata, Pasok, ficou com 13,9%.
Com esses porcentuais, a ND conseguirá 112 deputados (50 deles como prêmio por ser o partido mais votado) e o Pasok, 42. Juntos, poderiam formar uma aliança que represente mais da metade das 300 cadeiras do Parlamento.
Desse modo se reeditaria uma coalizão similar à aliança impopular que governou a Grécia nos últimos cinco meses, sob a batuta de Lucas Papademos, mas com os conservadores como partido principal.
A combinação entre a ND e a Syriza só seria possível se nenhum dos três partidos entre os menos votados ultrapassasse os 3% que os colocariam dentro do Parlamento. Se isso acontecer, o equilíbrio eleitoral deixaria de existir.
A insatisfação da população com a Grécia em seu quinto ano de recessão foi palpável nessas eleições e o temor generalizado é de que o novo governo corte salários e pensões, e reduza ainda mais as prestações de saúde, que já são precárias pelas duras medidas de austeridade introduzidas nos últimos dois anos.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink