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Eleições

Resultados nos primeiros estados dão pistas do vencedor nos EUA

Senadores McCain e Obama: primeiros estados a abrirem as urnas poderão dar uma prévia de como será o resultado das eleições nos EUA | BrianSnyder/Reuters e Joe Raedle/AFP
Senadores McCain e Obama: primeiros estados a abrirem as urnas poderão dar uma prévia de como será o resultado das eleições nos EUA (Foto: BrianSnyder/Reuters e Joe Raedle/AFP)
Eleitores fazem fila para poder votar para presidente dos EUA na cidade de Ft. Lauderdale |

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Eleitores fazem fila para poder votar para presidente dos EUA na cidade de Ft. Lauderdale

Alguns dos primeiros Estados a encerrarem sua votação na terça-feira nos EUA podem dar pistas importantes sobre quem será o próximo presidente do país.

A tendência na disputa entre o democrata Barack Obama e o republicano John McCain pode ficar clara já com o fechamento das primeiras urnas, em Indiana, às 18h de terça-feira (hora local, 21h em Brasília).

Obama e McCain travam uma disputa muito apertada em Indiana, um Estado do Meio-Oeste que desde 1964 dá a vitória a todos os candidatos republicanos. Uma vitória de Obama ou mesmo uma apuração muito apertada pode ser um sinal animador para o senador democrata.

Já uma margem relativamente tranqüila para McCain em Indiana pode sinalizar problemas para o democrata, que tenta bater o republicano em cerca de 12 Estados onde George W. Bush venceu em 2004.

Na última eleição presidencial, o primeiro sinal da derrota para o democrata John Kerry e da reeleição do republicano Bush foi justamente a surpreendente margem de 20 pontos porcentuais em favor de Bush em Indiana.

No sistema eleitoral norte-americano, o vencedor em um determinado Estado leva todos os delegados de lá para o Colégio Eleitoral (exceto em Maine e Nebraska, onde pode haver divisão). Há 538 votos no Colégio Eleitoral, e é eleito presidente quem reunir 270 deles.

"Se Obama ganhar em Indiana, a eleição acabou", disse o consultor democrata Doug Schoen. "Mesmo se for apertado, numa margem de 2 ou 3 pontos, isso provavelmente sugere uma grande vitória de Obama em nível nacional. Se for mais de 4 pontos para McCain, teremos de esperar para ver durante um tempo."

A rodada seguinte de resultados está prevista a partir das 19h (22h em Brasília), quando termina a votação em Geórgia, em parte da Flórida e no importante Estado da Virgínia - onde os democratas não vencem uma eleição presidencial desde 1964, mas conseguiram melhorar seus resultados em outros pleitos recentes.

"Se Obama vencer na Virgínia por uma margem decisiva, é uma sugestão bastante forte de que vai ganhar a eleição", disse Schoen. "Se McCain ganhar por mais do que alguns poucos pontos, isso pode sugerir um movimento na direção dele."

Às 19h30 (22h30 em Brasília), as urnas fecham nos Estados de Ohio e Carolina do Norte. Às 20h (23h em Brasília), todas as urnas estarão fechadas na Flórida, que tem 27 votos no Colégio Eleitoral e, junto com Ohio (20 votos), é um dos Estados mais estratégicos nesta eleição.

McCain sem opções

McCain tem um caminho complicado para conseguir os 270 votos necessários. Basicamente, precisará vencer em todos os Estados onde a disputa permanece indefinida.

Caso perca em qualquer desses Estados --conhecidos no jargão político norte-americano como "campos de batalha"--, ele se verá praticamente obrigado a vencer na Pensilvânia, que escolheu democratas nas quatro últimas eleições presidenciais. A votação na Pensilvânia, que tem 21 votos eleitorais, também termina às 20h (23h em Brasília).

Os resultados dos primeiros Estados podem indicar não só o rumo da disputa presidencial, mas também da eleição para o Senado. A previsão é de que a bancada democrata passe de 49 para 51 (num total de 100 senadores). Se conseguir uma bancada de 60 senadores, os democratas conseguirão impedir obstruções regimentais dos republicanos.

O primeiro duelo crucial pelo Senado se dá no Kentucky, onde o atual líder republicano Mitch McConnell enfrenta uma difícil reeleição. Como em Indiana, as urnas começam a fechar às 18h (21h em Brasília).

"Indiana oferece uma pista preliminar sobre a disputa presidencial, e o Kentucky fará o mesmo para o Senado", disse Peter Brown, diretor-assistente de pesquisa da Universidade Quinnipiac.

"Se McConnell vencer no Kentucky, não há como os democratas chegarem a 60 (senadores)", disse Brown. "Vamos saber duas coisas bem cedo: se há uma lavada presidencial, ou se os democratas têm qualquer chance de chegar a 60 cadeiras. São duas grandes questões."

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